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1 - Introdução
A Beconscience acredita profundamente que a consciência é a chave para o bem-estar e que quando a medicina é formulada no seio da metafísica integral do primado da consciência, a medicina convencional (alopática) e a medicina alternativa podem ser conciliadas. Não só podem ser conciliadas, como os seus diferentes domínios de aplicabilidade, as suas inter-relações até, são claramente compreendidas. Referimos a nossa crença neste entendimento para fundamentarmos em parte, o facto da Beconscience, tal como a sua visão de mundo assentar no princípio da integridade.
Consideramos importante o entendimento de que a evolução também é um “jogo” da consciência – um jogo propositado e coletivo. O movimento coletivo rumo à consciência social, que se originou principalmente no Ocidente, é importante e uma parte do movimento da consciência manifestada – a evolução da consciência. Aqui, como em tantas outras áreas, as visões de vida oriental e ocidental devem-se integrar. Acreditamos que precisamos atuar contribuindo para a salvação individual como no Oriente, mas também temos de contribuir para a evolução. E sabemos que contribuímos mais claramente para o movimento da evolução à medida que nos afastamos da identificação com o ego na nossa caminhada rumo à consciência.
Precisamos de uma nova forma de ativismo com um novo adágio: não podemos mudar o mundo, mas podemos sempre mudarmo-nos a nós próprios tendo em mente a perspetiva da evolução coletiva do mundo (por outras palavras, a evolução). A Beconscience identifica-se claramente com o movimento do ativismo quântico, no qual se procura a nossa transformação usando o poder da nova física, a ciência dentro da ciência, mas sempre tendo em conta o movimento evolutivo da consciência como um todo, obedecendo sempre às suas necessidades.
Segundo Maslow (ver Maslow, 1971), tem sido habitual classificar a saúde mental em três categorias: patológica, normal e mental positiva. Os psicoterapeutas, na sua maioria, trabalham com pacientes que precisam ser retirados da categoria patológica para a normal. A saúde mental normal é definida como o estado no qual a pessoa consegue realizar atividades normais de sustentação do ego e manter relacionamentos, e tem uma boa dose de equilíbrio emocional. A saúde mental positiva é a desfrutada por pessoas que, na maior parte do tempo, estão felizes, são criativas, mais ou menos independentes do ambiente, possuem alguma capacidade para o amor incondicional, têm senso de humor e algumas qualidades menos importantes. Todos possuímos o potencial para passar da categoria de saúde mental patológica para a positiva, e é essa a base do crescimento pessoal. Para a Beconscience, é uma prerrogativa.
Com efeito, tornamo-nos interessados no crescimento pessoal quando começamos a lidar com as grandes questões de significado, que estão adormecidas quando servimos o processo de identificação com o ego existente na saúde mental comum, quando perguntamos: “Qual o sentido de minha vida? O que estou a fazer aqui?”
A Beconscience não está satisfeita com o “status quo” da homeostase do ego. A procura pelo sentido da vida lança-nos na autoinquirição e até mais longe, ou seja, na inquirição sobre a natureza da própria consciência.
E, quando descobrimos a natureza evolucionária do movimento da consciência em manifestação, alinhamo-nos com esse movimento, desfrutando e explorando abertamente o sutil – sentimentos, significados e valores – alimento da alma.
Mas qual o papel da consciência na nossa saúde e na manifestação das doenças? Estamos doentes porque o nosso corpo está doente ou estamos doentes porque estamos a ignorar a nossa consciência e o papel que ela pode ter na cura?
A Alopatia - a medicina moderna baseada na ciência materialista - tem como fundamento a ideia de que apenas temos corpo físico. Como tal, todas as doenças devem ter a sua origem no mau funcionamento de um órgão, por exemplo, um órgão afetado por um germe. Mas isto não é apenas um conceito falso: também entra em conflito com aquilo que vemos na realidade. Existem doenças, como a síndrome da fadiga crónica, que não deixam de ser uma realidade mesmo quando todos os órgãos físicos funcionam adequadamente. Todavia, o paciente queixa-se de dores constantemente.
Então, de onde vem a dor? Empírica e experimentalmente, a ideia segundo a qual o corpo físico é o único lugar onde a doença pode surgir está, na melhor das hipóteses, incompleta. Na visão quântica do mundo, sabemos que não é assim. A doença também pode proceder dos corpos vital, mental e intuitivo, e isto é algo que as tradições espirituais mais antigas também nos dizem, visto que não estão tão presas aos preconceitos materialistas que regem a ciência atual.
Na ciência quântica, postula-se que a consciência tem quatro compartimentos de possibilidade, cada um dos quais responsável por um tipo diferente de experiências. Há a experiência sensorial, na qual sentimos o físico, e há os sentimentos, através dos quais experienciamos as energias vitais do mundo vital. E também pensamos: dispomos de uma capacidade cognitiva mental que deriva do colapso de possibilidades quânticas de significado no mundo mental. E, finalmente, temos as experiências do mundo dos arquétipos, um mundo de valores espirituais que, quando colapsado, nos oferece intuições. Trata-se de um mundo tão subtil que ainda debatemos a sua existência.
Assim sendo, vivemos num Multiverso de experiência: quatro tipos de experiência, derivados de diferentes mundos de possibilidade da consciência. Na visão quântica, temos um corpo em cada um desses mundos: um corpo físico, um corpo vital, um corpo mental e um corpo intuitivo. De facto, até podemos considerar que a consciência (o todo) é um corpo (chamado corpo causal). As tradições espirituais mais antigas chamam-lhe o «corpo da bem-aventurança». Qualquer um destes corpos pode adoecer. Qualquer um deles pode deixar de funcionar corretamente ou ser indevidamente acedido ou utilizado por nós.
Existem sistemas alternativos de medicina que afirmam que a doença acontece quando estes corpos não estão a funcionar corretamente, ou talvez quando não estão a funcionar em sincronia. Isto, dizem eles, é particularmente aplicável às doenças crónicas. Se não eliminarmos o defeito nestes corpos mais subtis, se não lhes devolvermos a sincronia e a harmonia, não poderemos eliminar os sintomas físicos de uma forma permanente: eles hão de voltar.
É aqui que a medicina alopática se revela completamente inútil e sem esperança de sucesso, porque só se ocupa dos sintomas físicos. Os sintomas regressam e têm de voltar a ser tratados, geralmente com recurso a fármacos e a procedimentos invasivos. Mas os medicamentos alopáticos são prejudiciais ao nosso organismo. Têm muitos efeitos secundários e podem acabar por causar graves problemas noutras partes do corpo físico. Ou seja, segundo Amit Goswami (ver o Médico Quântico, 2022) em nome da cura, a medicina alopática utiliza substâncias potencialmente fatais. Afirma, ainda que a verdadeira resposta às doenças crónicas consiste em tratar o corpo vital com sistemas de medicina do corpo vital e do corpo/mente (como é o caso da Terapia do Campo do Pensamento), que devolvem o equilíbrio e a harmonia aos corpos mental e vital, e repõem a sincronia com o corpo físico. Tratadas desta maneira, a dor e a doença terão uma cura muito mais duradoura, senão mesmo permanente.
Todos nós nos interessamos pela saúde e pela cura, pelo nosso bem-estar físico e todos o procuramos quando não o temos. Mas, com a acentuada divisão da medicina em dois campos - convencional e alternativo -, torna-se cada vez mais difícil escolher o método de cura adequado quando precisamos dele. Que critérios devemos usar para esta escolha? Uma combinação de técnicas de cura é melhor do que apenas uma delas? O que devemos fazer para manter a nossa saúde, para prevenir as doenças em
primeiro lugar? Podemos curar-nos sem quaisquer instrumentos de cura,
físicos ou químicos?
As respostas a estas perguntas dependem evidentemente de quem nos responde. O sistema Beconscience, que descreveremos sucintamente de seguida, responde por ele próprio a estas perguntas, pois parte do sentido de existência da Beconscience surgiu mesmo como uma forma de resposta a estas questões, de entre outras que não mencionamos aqui, que consideramos de grande importância, e como tal fazem parte da sua natureza.
2 – Definição
O sistema Beconscience é um sistema de cura quântica formado por um conjunto de técnicas que promovem a Libertação Emocional, a Expansão da Consciência e a Reconexão do Ser Humano com o seu verdadeiro Eu Interior. Através deste método aprendemos a ativar o nosso potencial interior para nos tornarmos de novo conscientes e assim criarmos uma vida saudável, alinhada com os nossos propósitos, e de satisfação da alma.
3 - Fundamentação
Posto isto, passamos a descrever sucintamente o entendimento da Beconscience quanto às dinâmicas, metodologias e abordagens que fundamentam o sistema de cura quântica que desenvolveu.
Para facilitar a compreensão do sistema, ser-nos-á útil partir de uma descrição, ou modelo estrutural, daquilo que constitui um ser humano. Tenhamos em consideração que um modelo é parecido a um quadro de referência, ou descrição da realidade, que não devemos confundir com a realidade.
A título de exemplo lembramos que durante muitos anos, a lei universal da gravidade foi explicada segundo Newton: isto levou-nos a determinado nível de compreensão e domínio no que respeita ao universo. Permitiu-nos desenvolver o conhecimento e a experiência, até que as suas limitações se tornaram evidentes. De seguida, surgiu a teoria de Einstein: este modelo mais amplo permitiu-nos maior compreensão e domínio, no entanto a descrição definitiva ainda se encontra muito distante. Consequentemente, nos últimos anos, abordagens científicas diferentes levaram a novas descobertas, alargando o alcance da teoria de Einstein. Queremos com isto explicar que cada modelo foi útil na altura e que usualmente, aqueles que agora são tidos como modelos desatualizados eram, na realidade, componentes específicos do modelo mais amplo. A sua existência funcionou como uma rampa de lançamento para a obtenção de alguma clareza sobre parte da realidade e foram usados eficazmente para aumentar o conhecimento e experiência, em determinado ponto da evolução da humanidade.
Face ao supra descrito, entendemos que isto é passível de ser aplicado em qualquer campo do conhecimento e que é vantajoso usarmos um modelo desde que este nos permita refletir, desenvolver o conhecimento e a investigação, aprofundar a compreensão do universo neste momento. No entanto, devemos estar cientes de que se trata apenas de uma forma de descrever a realidade, de perceber as coisas, e que certamente com o passar do tempo seremos capazes de alargar e melhorar esta perceção. Parafraseando Annie Marquier, «Ninguém progride do erro para a verdade: passamos sempre de uma verdade menor para uma maior.»
Assim, vamos considerar que o Homem é formado por um ser interior (ao qual foram atribuídos vários nomes, consoante a cultura e tradição: Alma, Centro, Anjo Solar, Cristo interior, Fonte, Eu superior, Consciência superior, Guia interno, o Ego (com E maiúsculo). Além disso, consideraremos que este ser interior é dotado de um veículo de manifestação (normalmente referido como «personalidade» ou ego), e por sua vez este veículo é composto por três corpos - mental, emocional e físico - que lhe permitem manifestar-se no mundo da matéria.
Para melhor compreensão apresentamos a ilustração seguinte:
Fig. 1 – Estrutura Dinâmica da Psique Humana
Referir-nos-emos a este ser interior como o Eu, mas queremos clarificar que o nome em si não é importante, pois apenas estamos a escolher um nome para comunicarmos a respeito deste tema. Este ser interior, que é feito de matéria (ou consciência) energizada a um nível vibracional muito elevado, necessita de um veículo para manifestar a sua vontade no mundo físico. Do ponto de vista da consciência humana comum, é considerado perfeito em si mesmo, ou seja, todo ele é luz, amor, inteligência, consciência, poder, etc. É isto que está implícito quando dizemos que este ser é de natureza «divina». Consideramo-lo a essência de quem e do que somos.
Contudo, por muito perfeitos que sejamos, não parecemos manifestar muita dessa perfeição quotidianamente. Porquê? A questão não é que a nossa essência não seja perfeita, mas sim o facto do veículo de manifestação ainda não se encontrar totalmente em sincronia.
Para melhor esclarecimento deixamos a seguinte ilustração:
“Comparemos o nosso Eu com um guitarrista genial, extraordinariamente talentoso. Contudo, apesar do seu génio, imaginemos que ele apenas tem acesso a uma velha guitarra, mal montada e desafinada, com cordas em falta, e com tendência a, por vezes, começar a tocar música pré-programada à sua revelia e em descordo com o que pretende. Como é evidente, o guitarrista não seria capaz de criar qualquer música bonita neste mundo físico. Para isso acontecer, o que é necessário não é mudar a essência do guitarrista, mas sim elevar a guitarra ao nível de uma guitarra de concerto.”
É esta a natureza do trabalho que temos de realizar no que respeita à personalidade, o mesmo é dizer que temos de concluir a construção da mesma, reafinando-a, desprogramando-a, harmonizando-a e libertando-a das suas limitações para que o nosso Eu expresse a sua beleza, paz, amor e liberdade no mundo físico.
Somos fundamentalmente perfeitos, apenas temos bloqueios e deficiências no nosso veículo que, de momento, nos impedem de manifestar a perfeição.
Em suma, a hipótese subjacente pode ser resumida da seguinte forma: temos um corpo físico, mas não somos este corpo; experienciamos emoções, mas não somos estas emoções; temos pensamentos, mas não somos estes pensamentos. O que somos, em essência, é um ser, ou consciência, dotado de todos estes instrumentos e que tem de alcançar o seu domínio.
Aprender a dominar este veículo pode ser comparado com um processo de alteração daquilo com que a consciência se identifica. Durante muito tempo, a nossa consciência identificou-se com o corpo físico para aperfeiçoar o seu funcionamento. Muitos de nós ainda nos identificamos com as emoções e sobretudo com os pensamentos. A mestria, ou domínio, surgirá como resultado de um deslocamento de consciência, quando nos distanciarmos do veículo de manifestação e começarmos a identificar-nos com a essência de quem somos, ou seja, o Eu. A partir daí, em vez de ser drenada pelo veículo, a maior parte da energia fica disponível para o nosso Eu. Este utiliza então veículo (o corpo físico, as emoções e os pensamentos) para manifestar em termos concretos todas as suas qualidades no mundo físico.
O modelo é facilmente identificável numa analogia simples e conhecida, que remonta a diversas tradições orientais. Como qualquer analogia, tem limitações, mas far-lhe-emos referência de vez em quando, visto que nos permitirá discutir certos aspetos do funcionamento humano de forma mais clara e gráfica.
Nesta analogia, o ser humano é comparado com um conjunto de componentes que inclui um coche, um cavalo que puxa o coche, um cocheiro que controla o cavalo e o Amo sentado na carruagem, atrás do cocheiro. Este conjunto segue por um caminho.
O coche reflete o corpo físico, o cavalo simboliza o corpo emocional, o cocheiro corresponde ao corpo mental e o Amo exprime o Eu. O caminho representa a longa viagem do Eu ao longo do mundo da matéria, um mundo que ele tem de experienciar e, por fim, dominar.
Para prosseguir o caminho, precisamos de um coche em boas condições, ou seja, um corpo físico saudável e, em particular, um cérebro e um sistema nervoso que funcionem na máxima capacidade física.
Também necessitamos de um bom cavalo: quanto mais forte e potente o cavalo, mais rápido será o ritmo da evolução e maior a diversão ao longo do caminho. Isto significa ter uma constituição emocional forte e potente. Contudo, é aqui que começa o problema. Se o cavalo é de facto bastante potente, mas não é bem dirigido, pode perder o controlo e começar a galopar de forma inapropriada. Nessas ocasiões, acabamos geralmente na vala da berma com o coche (o corpo físico) muitas vezes danificado. É o que acontece quando a nossa vida é administrada apenas pelas emoções. No entanto, precisamos do cavalo: como tal, a natureza deu-nos um cocheiro, que deve ser tecnicamente capaz de dirigir o cavalo com inteligência e usar com sabedoria a sua considerável potência.
O objetivo do cavalo (as emoções) é fornecer a energia que nos leva em frente no mundo material. A tarefa do cocheiro (a mente) é usar a energia com sabedoria. Para cumprir a tarefa, tem de conseguir ouvir as instruções do Eu (o Amo sentado no interior do coche) e obedecer-lhe de bom grado.
Isto quer dizer que, para a mente poder cumprir o objetivo pretendido, ela tem de, antes de tudo, desenvolver a capacidade de manter uma ligação direta e consciente com o Eu (através do que se chama intuição no sentido mais elevado), de forma a seguir as suas instruções. Em segundo lugar, tem de conhecer a nossa natureza emocional para assim conservar o controlo quando esta quiser fugir, e de canalizar a sua energia segundo uma perspetiva de consciência e sabedoria.
Quando a mente funciona desta forma ideal, a nossa personalidade (o conjunto dos corpos físico, emocional e mental) não serve nenhum outro amo além do Eu. Quando este nível de funcionamento é alcançado, o nosso Eu, com todas as suas qualidades, pode manifestar-se totalmente no mundo físico. Não passamos sem a mente, mas temos de a treinar para que esteja apta a desempenhar o trabalho que lhe foi destinado, e nada mais.
É claro que isto está longe do que acontece no nosso atual nível de evolução. A mente não está em contacto com o Eu, pelo menos não constantemente. A forma como funciona encontra-se longe de ser uma resposta imediata, inteligente e sensível às informações originárias do Eu, que é a única fonte de conhecimento real e verdadeira sabedoria.
Na fase atual da evolução humana, é frequente a mente funcionar de um modo que lembra a velha guitarra que referimos, ou seja, seguindo programações desatualizadas do passado. A sua estrutura ainda não foi desenvolvida e apurada o suficiente para permitir uma expressão clara e harmoniosa dos impulsos «divinos» do Eu.
Neste ponto, para melhor entendimento do funcionamento da mente, podemos dizer abreviadamente que esta pode ser vista como composta por duas partes. A primeira, chamada mente inferior (ou concreta, ou automática), que não se encontra em contacto direto com o Eu e funciona como um computador, seguindo programações instaladas no passado. Uma das suas principais funções é garantir a sobrevivência da personalidade a todo o custo.
A segunda parte, chamada mente superior (ou abstrata), está em contacto com o Eu e é constituída por uma substância mental que opera num nível vibracional superior e atua como ponte entre a personalidade e o Eu. A sua função é transmitir a vontade do Eu à personalidade.
As ações dos seres humanos comuns são induzidas, na maioria das vezes, pela sua personalidade, que é em grande parte governada pelo conteúdo da mente automática inferior.
Ora, quando as instruções do Amo não são recebidas, qual será o ponto de referência do cocheiro para as suas escolhas a respeito do caminho a seguir? Vai basear-se fundamentalmente em experiências passadas, e não na realidade do presente. Tal como um potente computador, a mente inferior regista minuciosamente qualquer experiência que que tenha garantido a sobrevivência da personalidade. Quando este é o princípio de funcionamento utilizado, toda a experiência é válida e, seja qual for a situação presente, tendemos a reagir como no passado, em todos os níveis, do corpo físico, emocional ou do pensamento.
Este princípio de funcionamento podia ser mais desenvolvido, mas, para os propósitos deste documento, queremos apenas dizer que, quando a nossa experiência é dominada pela mente inferior, as probabilidades de termos uma vida satisfatória são reduzidas, pois esta parte da mente mantém-nos energeticamente presos ao passado, sem nos apercebermos.
Quando despertamos para a realidade da vida, temos a possibilidade de deixar de ser controlados pelo nosso computador. Podemos então começar a entregar a direção da nossa vida, senão ao Eu, pelo menos à parte da mente que está em contacto com ele. Só o Amo, que se encontra no coche, conhece o caminho para a paz e a liberdade.
A mente inferior, por outro lado, não tem conhecimento do que é paz, liberdade, alegria, nem do que representa a satisfação total do nosso ser. Desde que sobrevivamos, tanto ao nível físico como ao dos sistemas de pensamento, ela estará satisfeita.
O maior problema é que a mente inferior desconhece completamente o caminho a seguir e não tem a competência necessária para dirigir o cavalo. O melhor que pode fazer é enfraquecer o cavalo para que este lhe cause menos problemas. É o que acontece quando as pessoas reprimem ou negam as emoções e o seu potencial emocional.
O cocheiro, estático perante o galope tresloucado do cavalo, tentará amarrar-lhe as patas ou privá-lo de energia para que se acalme. Por vezes, pode mesmo conseguir eliminar o cavalo, mas nessas circunstâncias terá de sair do seu lugar e puxar ele próprio o coche. É o que acontece quando vivemos na nossa cabeça e estamos isolados das emoções.
Portanto, se pretendemos melhorar a situação, temos de trabalhar em duas frentes.
Primeiro, alimentar e restabelecer o cavalo, se necessário, ou seja, libertar o potencial emocional.
É indispensável possuir um elevado nível de potencial emocional, mas, para o nosso próprio bem-estar e de quem nos rodeia, temos de aprender a canalizá-lo com inteligência, amor e sabedoria. É o objetivo da mente superior.
Contudo, não podemos descartar a mente inferior, pois cada parte de nós tem a sua importante função e utilidade. No sistema Beconscience, vamos apenas aprender a reprogramá-la conscientemente e segundo a vontade do Eu, por meio da mente superior, para a podermos usar de forma bastante vantajosa.
Então, depois de passarmos algum tempo a libertar o cavalo, chega a altura de treinar o cocheiro. Esta é, de facto, uma parte da intenção deste sistema, que pretende ensinar-nos a alterar o conteúdo da mente e treiná-la para pensar em termos mais amplos, de modo a ficar mais alinhada com a energia que emana do Eu.
Assim que a mente tiver recuperado a sua verdadeira função, será mais fácil harmonizarmos a nossa natureza emocional com as condições físicas da vida.
A apresentação deste modelo foi bastante abreviada de forma intencional, pois consideramos que para o propósito deste documento, o descrito é suficiente. Claro que estamos cientes de que a constituição estrutural de um ser humano é um tema extremamente complexo que poderia, por si só, ser objeto de uma vida inteira de investigação. Este modelo básico é muitas vezes descrito de diferentes formas, e com diversos graus de complexidade, em obras esotéricas dignas de crédito, bem como em várias tendências contemporâneas da psicologia transpessoal.
Por exemplo, podemos encontrar estas premissas claramente apresentadas (também como hipóteses, mas verificadas por séculos de experiência) no livro de Alice Bailey, From Intellect to Intuition e que passamos a transcrever.
“Primeiro: existe uma alma em cada forma dual, e essa alma usa os aspetos inferiores do Homem apenas como veículos de expressão. O objetivo do processo evolutivo é o de aumentar e aprofundar o controlo da alma sobre este instrumento...
Segundo: à soma destes aspetos inferiores, quando desenvolvidos e coordenados, chamamos Personalidade. Esta unidade é composta pelos estados mental e emocional do ser, pela energia vital e pelo aparelho físico de resposta, e estes «mascaram» ou escondem a alma. Tais aspetos desenvolvem-se sequencial e progressivamente, de acordo com a filosofia oriental, e só ao atingir um estado de desenvolvimento relativamente elevado é que o Homem pode coordená-los e depois unificá-los, em consciência, com a alma interior. Mais tarde, vem o controlo pela alma e uma expressão cada vez maior da natureza da alma.
Terceiro: quando a vida da alma, sob o efeito do Ponto Baixo de Renascimento, conduz a personalidade a uma condição que é uma unidade integrada e coordenada, é estabelecida entre as duas uma interação mais intensa. (...)
A consumação do trabalho é a realização consciente da união (entre a alma e o seu instrumento).”
O mesmo conceito é também incorporado em muitas tendências contemporâneas da psicologia transpessoal, lançada por Maslow, entre outros.
Por exemplo, a psicossíntese, desenvolvida pelo psiquiatra italiano Roberto Assagioli, baseia-se num modelo estrutural assente nos mesmos princípios. Segundo a sua abordagem sintética, os três aspetos da personalidade gravitam em torno de um centro integrador, o «Eu» ou eu pessoal, ligado ao Eu transpessoal. Com este ponto de partida, Assagioli desenvolveu uma abordagem abrangente ao crescimento pessoal e transpessoal que é muito produtiva e útil.
Assim, queremos referir que no século XXI este modelo já não pode ser considerado misterioso ou desconhecido e é mesmo parte importante no sistema Beconscience, pois servirá para facilitar o trabalho de alteração dos nossos contextos de pensamento.
A Beconscience integra na sua metodologia de neutralização das emoções negativas, duas abordagens que se complementam, formando um todo imprescindível e necessário à cura efetiva e permanente. Inclui ainda, uma terceira abordagem alicerçada numa filosofia de criação de condições para a saúde, assente em princípios quânticos e de liberdade criativa, sendo que tem como objetivos fundamentais a prevenção de doenças, a eficácia da manutenção de uma saúde positiva e a criação e manutenção de uma saúde mental positiva.
Simplificando, o sistema Beconscience integra na sua espinha dorsal uma abordagem para o trabalho de libertação emocional, outra para expansão da consciência e outra para utilização e desenvolvimento da liberdade criativa.
De referir que a Beconscience introduziu no seu sistema estas três abordagens por ter compreendido, face à experiência acumulada, que só com esta complementaridade e abrangência se consegue aceder e desenvolver, senão todos, os mais importantes potenciais interiores humanos.
3.1 – Libertação Emocional
A primeira abordagem, que tem a ver com a forma de neutralizar as programações negativas, consiste em trabalhar diretamente ao nível da energia e sondar algumas das camadas mais profundas do inconsciente. Em tal nível, estes padrões endurecidos assumem a forma de bloqueios no campo do pensamento, a que o psicólogo californiano, Dr. Roger Callahan (criador da TFT), chamou de “Perturbações” – a causa das emoções negativas. O fluxo de energia já não é capaz de circular pelo corpo como devia, de forma natural e desimpedida.
É aqui que entra o a Terapia do Campo do Pensamento em ação, pois mais de quarenta anos de investigação e trabalho comprovado, garantem resultados verdadeiramente rápidos, efetivos e duradouros.
Enquanto seres humanos, somos mais do que um mero sistema físico - também somos um sistema energético. Um número crescente de excelentes estudos e livros encontra-se disponível no mercado, apresentando-nos uma exploração aprofundada do tema, em que a rigorosa integridade científica se combina com uma crescente abertura à realidade dos planos de existência mais subtis.
Se libertarmos a energia que foi bloqueada a um nível inconsciente, tem início um processo de libertação emocional, pois todos os níveis do corpo (físico, energético, emocional e mental) se encontram intimamente ligados e são interdependentes.
Isto explica a importância da existência no Sistema Beconscience de uma técnica que se concentra no corpo energético, como é o caso da Terapia do Campo do Pensamento.
Embora a Terapia do Campo do Pensamento seja excelente em si mesma e bastante completa, podendo ajudar a curar a pessoa como um todo, nos domínios emocional, mental, físico e espiritual (no sentido de expansão da consciência - verificou-se claramente este tipo de cura espiritual durante o trabalho com as vítimas do genocídio no Ruanda. Estas pessoas, que estavam presas a traumas, pesadelos, raiva e tristeza, após os tratamentos conseguiram expressar amor e vontade de cuidar de outras vítimas do genocídio. Manifestaram, ainda, uma grande melhoria na autoestima), a Beconscience vai mais longe, não se concentrando exclusivamente na TFT, e de forma a evitar possíveis incompletudes e ajudar as pessoas a obterem resultados maximizados, integra no seu sistema o trabalho de desenvolvimento da consciência.
Um dos motivos para que tal aconteça, é que a Beconscience considera que para que esta libertação tenha um efeito ainda mais completo em casos específicos, o processo tem de envolver não só uma forma de descarga emocional, mas também uma mudança na consciência.
É o estado de consciência do indivíduo que lhe permite manter a clareza emocional após a libertação. Embora a experiência de libertação energética também possa desencadear uma mudança na consciência, isso não acontece necessariamente em todos os casos. Segundo Annie Marquier (o Poder de Escolher – 2022), por mais eficaz que seja qualquer trabalho ao nível emocional-energético quando combinado com o desenvolvimento da consciência, é também verdade que este trabalho, quando efetuado isoladamente, apenas será moderadamente eficaz a longo prazo, podendo até ser prejudicial em algumas situações.
Segundo a sua observação, quando nenhum trabalho de centramento da consciência é realizado em conjunto, independentemente da técnica aplicada ao nível energético, parece que passado algum tempo começa a manifestar-se um processo de habituação, ou reciclagem, ou apropriação, no qual a estrutura mental-emocional do indivíduo absorve a técnica como se fosse território «conhecido».
Afirma, ainda que “A partir de então, seja qual for a técnica envolvida (examinámos um grande número e variedade), esta será utilizada pela mente inferior, que a transformará num mecanismo de sobrevivência, reforçando assim as suas programações em vez de as desativar. Isto explica por que motivo podemos ver pessoas usarem intensivamente a mesma técnica durante anos - pode ter sido bastante apropriada no início -, mas aparentemente anda-se em círculos sem progresso real em termos de libertação permanente. Na maior parte das vezes, estas pessoas podem tornar-se mais emocionais, ou seja, apresentar um domínio menor das suas emoções, o que é contraproducente no que respeita ao resultado pretendido. Esta armadilha pode ser evitada se trabalharmos no centramento da consciência enquanto efetuamos o nosso trabalho ao nível emocional e energético, o que então permitirá uma libertação verdadeiramente eficaz a longo prazo.”
Acreditamos, embora não possamos ter certezas, que Annie Marquier não incluiu nos seus estudos a Terapia do Campo do Pensamento, técnica “mãe” do chamado movimento das Psicologias Energéticas, uma vez que os estudos existentes, disponíveis no site da TFT Foundation, indicam uma taxa de sucesso elevada no que respeita à durabilidade dos tratamentos. No entanto sabemos por experiência própria que integrando a TFT e o desenvolvimento da consciência se obtêm resultados de saúde potenciados.
3.2 – Expansão de Consciência
Assim, integrámos no sistema Beconscience, como forma de consolidação e potenciação o desenvolvimento da consciência, o que torna o nosso trabalho, ao nível da libertação energético-emocional ainda mais eficaz em termos de produção de resultados fiáveis e permanentes.
Propomos contextos de pensamento capazes de promoverem a libertação do padrão do estado de sofrimento e de todas as suas consequências, assente no paradigma da Responsabilidade-Atração-Criação, entre outros, onde o poder de escolher assume importante relevância e onde o termo “responsabilidade” terá o simples significado de “a capacidade de escolher deliberadamente a nossa resposta”. A título de exemplo e relativamente ao poder de escolher a forma como agimos e ao poder de escolher a resposta, deixamos os seguintes contextos de pensamento para reflexão, respetivamente:
“A nossa vida não é determinada pelo que nos acontece, mas sim pelo que escolhemos fazer com o que nos acontece.”
“A nossa vida não é determinada pelo que nos acontece, mas pela forma como escolhemos reagir interiormente ao que nos acontece.”
Aprender a alterar os contextos de pensamento é uma parte essencial do trabalho de desenvolvimento da consciência. O trabalho de exploração e aperfeiçoamento dos contextos de pensamento que usamos é tão poderoso que pode promover diretamente um grande passo rumo à libertação emocional.
Contudo, consideramos que o trabalho de libertação emocional é absolutamente essencial na maioria dos casos e, que quando combinado com o trabalho de desenvolvimento da consciência, promove uma integração mais completa deste último: permite alcançar níveis mais profundos, lançando raízes sólidas até ao inconsciente.
A abordagem de desenvolvimento da consciência, por outro lado, reduz o risco de adulteração emocional. É muito útil para que a nossa consciência permaneça centrada e clara durante o trabalho de libertação emocional.
No sistema Beconscience, nenhuma destas duas abordagens é totalmente independente da outra. A experiência de libertação energética pode desencadear uma mudança na consciência, ao passo que uma nova perceção conduzirá, mais cedo ou mais tarde, a uma forma de libertação energética, visto que energia e consciência são duas facetas da mesma realidade. Usamo-las combinadas, e assim podemos evitar certas armadilhas e produzir resultados ainda mais fiáveis, profundos, rápidos, equilibrados e duradouros.
Prosseguindo, passamos a uma descrição abreviada da nossa linha de pensamento e ação no que concerne ao desenvolvimento da consciência.
Pensamos que, se quisermos transformar as nossas emoções de uma forma geral e definitiva, devemos trabalhar na transformação real do nosso sistema mental, ao nível de consciência, aprendendo a usar a energia mental de forma eficiente e harmoniosa para se obter o domínio das emoções.
Aqui chegados, torna-se importante diferenciarmos repressão (deixamos de fora a supressão, expressão e o escape, por nesta parte se afigurar apenas necessário para a compreensão do texto o conceito de repressão) e domínio.
Se consultarmos um dicionário de língua portuguesa, domínio implica apropriação, assumir a propriedade. No que diz respeito às emoções, obter o domínio destas significa apropriarmo-nos, por meio de uma mente esclarecida, do poder e da energia das nossas emoções para que possamos usá-las de forma consciente e benéfica para o nosso bem-estar e de quem nos rodeia. Significa sermos capazes de dirigir a energia de uma emoção numa direção que corresponda à intenção e à vontade do nosso Eu.
Reprimir é manter de forma inconsciente a energia de uma emoção aprisionada algures no nosso corpo físico, bem como nos nossos outros corpos, o que é completamente diferente de domínio. No caso da repressão, somos cada vez mais esclarecidos sobre quantas disfunções psicológicas e doenças físicas daí derivam.
Todas as tradições esotéricas descrevem o processo de libertação e iluminação como o reflexo da luz do Eu numa mente calma e clara que, por sua vez, influencia o nosso sistema emocional.
O esforço que aplicamos na concentração, no rigor, na compreensão e na disciplina mental, promove efetivamente o domínio emocional quando envolve a mente superior. Mas, o mesmo trabalho, se executado ao nível da mente inferior, pode resultar em muito mais repressão do que libertação.
É importante percebermos a diferença: o problema não tem origem no uso da mente, mas sim de sabermos que parte da mente utilizar. Se utilizarmos a mente inferior, pré-programada pelos nossos medos e traumas do passado, é provável que só pioremos as coisas. Se usarmos a parte da mente que se encontra em contacto com o Eu - a mente superior -, teremos à disposição uma ferramenta poderosa e eficaz para transformar as nossas emoções e criar realmente paz e tranquilidade interiores, bem como à nossa volta.
Estamos a falar de um processo intelectual que não é de todo simples, longe disso. Mas vale bem a pena investirmos num processo relacionado com a consciência que traz à nossa experiência de vida, intuição e um conhecimento direto do Eu.
Podemos considerar que a mente é um obstáculo quando se encontra mal desenvolvida e pré-programada com experiências traumáticas do passado e sistemas de crenças limitadoras, mas também funciona como uma “rampa de lançamento” quando se apresenta livre e desimpedida, e aqui a Terapia do Campo do Pensamento tem um papel crucial, pois coloca-a nesse estado favorável.
A analogia do cavalo e do coche, que antes descrevemos como representação simbólica do que constitui um ser humano, ilustra bem este ponto.
Se o cocheiro não seguir as instruções do amo (o único que sabe o caminho), ou seja, se usarmos a parte inferior e pré-programada da mente, toda a nossa personalidade será controlada por um cocheiro prepotente e ignorante. Este, fazendo-se valer de experiências anteriores, perceciona o cavalo como um perigo e fará tudo para o sufocar e matar de fome, privando-o assim da sua energia. É o que acontece quando afastamos as emoções através de mecanismos como a repressão, supressão, expressão e escape. Tornamo-nos cada vez mais insensíveis, interiormente enrijecidos e alheios à vida.
Por outro lado, na sua ignorância, o cocheiro pode chicotear o cavalo de forma aleatória e ineficaz, por via de sistemas de pensamento limitados, originários de experiências anteriores, e o que acontece é que o cavalo arranca disparado.
De uma forma ou de outra, a nossa vida torna-se muito limitada e insatisfatória. Ou acabamos atolados e a reprimir as emoções, ou constantemente dominados por uma qualquer emoção, ou seja, por um cavalo que vai para onde quer e de forma imprópria, sem qualquer controlo.
Se, por outro lado, o cocheiro tiver uma visão ampla e desimpedida da estrada e estiver recetivo às instruções do amo, de uma forma flexível e constante (referimo-nos à mente superior), o cavalo será orientado com inteligência e harmonia, usando então toda a sua energia e força para nos levar em frente no caminho da evolução, com a maior rapidez e eficiência possíveis.
O nosso estado emocional depende da qualidade da substância mental que usamos, pelo que, se recorremos a crenças, que na maioria das vezes são inconscientes, e a sistemas de pensamento limitados e inspirados pela separação e pelo medo (mente inferior), geramos as chamadas emoções negativas, sendo que, ao invés, se utilizarmos uma substância mental mais apurada (mente superior), a forma como expressamos as emoções e as manifestamos em resultados palpáveis será mais saudável e harmoniosa. É aqui que surge o processo de crescimento da consciência e ampliação dos nossos contextos de pensamento, tornando-se óbvio que quanto mais usamos esta substância mental mais apurada, menos funcionamos segundo a vontade da nossa personalidade e mais encaramos a vida de acordo com a vontade do Eu por intermédio da mente superior.
É esta forma de funcionamento que nos permite mantermo-nos equilibrados quando deparamos com quaisquer altos e baixos emocionais durante o caminho e que nos possibilita trabalhar em nós mesmos de maneira inteligente e eficiente.
Como tal, tratarmos a mente e as emoções como coisas opostas não é apropriado. Deixarmos que um cocheiro ignorante dirija a nossa vida de certeza que não nos conduzirá a uma grande satisfação, bem como, deixar o cavalo galopar desordenadamente também não nos trará grandes benefícios, a não ser a possibilidade de, a princípio, se libertar o cavalo do controlo prepotente de um cocheiro ignorante.
Esta atitude de trabalho consciente e boa vontade ao enfrentar as nossas emoções negativas, combinada com técnicas de TFT destinadas a desfazer os nós resultantes dos traumas da infância, traz-nos uma libertação genuína e duradoura da influência que essas emoções possam ter sobre nós.
O processo promove a libertação das garras da mente inferior, que controla e limita a nossa sensibilidade emocional, para que possamos alcançar o domínio com a ajuda da mente superior.
É possível transformar a nossa energia emocional através da libertação de emoções negativas com a ajuda da Terapia do Campo do Pensamento e obter o domínio dos sistemas de pensamento através do trabalho de desenvolvimento da consciência.
3.3 – Utilização e Desenvolvimento da Liberdade Criativa
Mas, quando chegamos a este ponto, o que fazermos com a liberdade alcançada?
A resposta a esta pergunta é irmos mais além através de uma terceira abordagem, consolidando, aproveitando e reforçando o trabalho efetuado e desenvolvendo o nosso poder criativo. Mas como? Praticando MedTapping. Já nos debruçaremos um pouco mais adiante sobre este tipo de meditação quântica.
Antes, queremos dar a entender a importância e o significado que atribuímos ao processo criativo.
Não nos esqueçamos de que aquilo que andamos à procura é a vida, a liberdade e a felicidade. E, em última análise, a liberdade inclui a liberdade criativa. Sem esta, a liberdade significa pouco. Se a liberdade se limita simplesmente à liberdade de escolhermos o sabor do gelado que queremos, podemos passar sem ela. Não nos importamos de comer um gelado de morango todos os dias.
Para desenvolvermos a nossa criatividade temos de prestar atenção às nossas intuições; temos de aprender a arte da intenção. Existem dados experimentais que demonstram o poder da intenção, dados que a maioria dos cientistas ignora. Ironicamente, são não-cientistas como Lynne McTaggart (The Intention Experiment, 2007) que estão a fazer alguma coisa para demonstrar a eficácia causal das intenções. A Parapsicologia baseia-se no princípio de que a consciência escolhe entre as possibilidades quânticas para concretizar os acontecimentos que experienciamos. Este princípio é poderoso e oferece muitas possibilidades para resolver problemas que são insolúveis segundo a abordagem materialista - problemas relacionados com a saúde, a criatividade e o bem-estar. É por esta razão que o ativismo quântico é crucial.
Se quisermos mudar a nossa vida hoje – torná-la radicalmente diferente amanhã –, temos de nos entregar ao processo criativo. Esse processo exige a capacidade de responder sem recorrer a memórias passadas e daí a existência das primeiras duas abordagens do sistema Beconscience. Exige também coesão de intenção e propósito. Precisamos ter consciência do facto de que não somos uma máquina que responde aleatoriamente a acontecimentos aleatórios no mundo.
Na verdade, individualmente, somos uma consciência personificada e dotada de propósito. O universo tem um propósito e evolui com o intuito de criar representações cada vez melhores do amor, da beleza, da justiça, da verdade, da bondade – de todas aquelas coisas a que Platão chamava arquétipos. Quando despertamos para esta intencionalidade, ganhamos foco. Se não nos sintonizamos com a intencionalidade do universo, não encontramos sentido em nada e corremos o risco de cair no hedonismo – apenas exploramos as coisas agradáveis e evitamos as dolorosas. A nossa vida será movida por sonhos comuns – uma casa grande, um carro caro e outros prazeres físicos e materiais. Por exemplo, o verdadeiro sonho americano é o da busca da felicidade, não do prazer. Qual é a diferença? O excesso de prazer acaba sempre em dor. Porém, alguma vez já sentimos felicidade em excesso?
Quando alguns dos princípios da física quântica (o modo como a mente e a matéria se relacionam) e do eletromagnetismo se combinam com as mais recentes descobertas da neurociência e da neuroendocrinologia (o estudo de como o cérebro regula o sistema hormonal do corpo), quando se acrescenta um pouco de psiconeuroimunologia (o estudo de como o cérebro, o sistema nervoso e o sistema imunitário se influenciam mutuamente - trata-se da ligação entre mente e corpo) e por fim se incluem na equação as mais recentes descobertas no campo da epigenética (o estudo de como o ambiente afeta a expressão dos genes), torna-se possível desmistificar o místico. Todas estas novas áreas de investigação apontam o dedo para a possibilidade. Provam que não estamos destinados a ser de uma certa forma para o resto da vida, e que não estamos condenados pelos nossos genes - pelo contrário, somos maravilhas de adaptabilidade e mudança. Estudos recentes revelam que basta uma hora de concentração em qualquer tema para duplicar o número de ligações cerebrais relacionadas com esse tema. A mesma área de investigação diz-nos que, se não repetirmos, revirmos ou pensarmos naquilo que aprendemos, tais circuitos desvanecem-se numa questão de horas ou dias. Assim, se aprender é criar novas ligações sinápticas, recordar é mantê-las vivas. Eis uma parte importante da função da MedTapping. Ao começarmos a incorporar esta filosofia, reescrevemos a nossa programação biológica e assinalamos novos genes de novas maneiras. Isso acontece porque a informação provém do ambiente. Como nos ensina a epigenética, se o ambiente assinala novos genes, e se o produto final de uma experiência no ambiente é uma emoção, estamos literalmente a assinalar os novos genes de novas maneiras. E como todos os genes produzem proteínas e as proteínas são responsáveis pela estrutura e pelo funcionamento do nosso corpo (a expressão de proteínas é a expressão da vida), estamos literalmente a alterar o nosso destino genético. Isto sugere que é bem possível que o corpo possa curar-se.
Se conseguimos criar uma experiência uma vez, devemos ser capazes de o fazer de novo. Se conseguirmos reproduzir repetidamente qualquer experiência, acabaremos por condicionar neuroquimicamente a mente e o corpo para que comecem a trabalhar como um só. Quando fizemos algo tantas vezes que o corpo sabe fazê-lo tão bem quanto a mente, isso torna-se automático, natural e sem esforço por outras palavras, uma competência, ou um hábito. Quando atingimos esse nível, já não temos de pensar conscientemente em fazê-lo. É então que a competência ou o hábito se torna o estado subconsciente de ser. Passa a ser inato e nós começamos a dominar essa filosofia. Tornámo-nos esse conhecimento. Passamos da mente para o corpo e para a alma; do pensamento para a ação e para o ser. O melhor disto é que todos temos o mecanismo biológico e neurológico para o fazer e como tal, se o desenvolvermos através de técnicas apropriadas como a MedTapping, será bastante vantajosa.
A MedTapping surgiu do propósito de integrarmos o conhecimento de várias áreas de estudo para criarmos um tipo de meditação que consolidasse o sistema Beconscience, de forma que este fosse dotado de abrangência ao nível da prevenção de doenças, da eficácia da manutenção de uma saúde positiva e da criação e manutenção de uma saúde mental positiva.
A MedTapping assenta fundamentalmente na conjugação de técnicas de Terapia do Campo do Pensamento, Meditação e de outras práticas que abordam os corpos físico, vital, mental e supramental. Usa inicialmente a TFT para desbloquear obstáculos ao relaxamento. Depois leva-nos por uma série de exercícios simples de relaxamento físico que enviam sinais de segurança ao cérebro e pistas fisiológicas ao corpo que produzem um estado profundamente relaxado de modo automático. Foi concebido tendo em conta uma filosofia de criação de condições para a saúde, pois ao criarmos estas condições a doença desaparece naturalmente.
Assim, a MedTapping combina principalmente as mais poderosas técnicas de TFT e EcoMeditação, sendo que se socorre em diferentes fases, do conhecimento que advém de estudos e investigações realizados por Roger Callahan e Joanne Callahan (TFT), Dawson Church (Neurociência e EcoMeditação), Joe Dispenza (Neurociência, Biologia Molecular, Epigenética e Física Quântica), Amit Goswami (Física e Cura Quântica), Alberto Vivoldo (Ponte entre a Medicina Energética Xamã e a Medicina e Psicologia modernas), Bruce H. Lipton (Epigenética), David R. Hawkins (Evolução da Consciência), Bessel Van der Kolk (Neurobiologia - Trauma) e do HeartMath Institute (Coerência Psicofisiológica).
Em proporção, o maior contributo para a MedTapping deriva da Terapia do Campo do Pensamento e da Ecomeditação, pelo que nos parece ajustado darmos a conhecer um pouco sobre o papel que desempenham no Método MedTapping.
A TFT confere suporte e intensifica a criação e manutenção de equilíbrio nas dimensões emocional, mental, física e espiritual, equalizando as polaridades, e aumentando a plenitude integrada e consciência unificada. A TFT foi introduzida no início do método MedTapping para facilitar o processo de meditação, operando através de técnicas rápidas e simples para remoção da polaridade negativa, isto é, reversões psicológicas e bloqueios específicos para meditar, termos uma mente calma, abrir mão do controle e estarmos abertos a receber. Ainda, com o propósito de facilitar o processo de meditação e o desenvolvimento de uma mente desperta, a MedTapping faz uso em fases apropriadas do método, de técnicas de TFT para equilíbrio do Sistema Nervoso Autónomo (mais de 17 anos de trabalho com a mensuração da Variabilidade Frequência Cardíaca têm demonstrado consistentemente que a TFT equilibra o SNA), eliminação de traumas, medos, emoções negativas e crenças limitadoras. A clareza de pensamentos e as emoções equilibradas permitem-nos aceder a melhores escolhas, alimentadas por decisões conscientes, que podem ajudar a cocriar um futuro extraordinário. Uma mente equilibrada, permite-nos o acesso aos elevados níveis de Consciência.
Na MedTappping de nível avançado, utilizam-se ainda, técnicas de TFT para Integração: à medida que o processamento e integração de informação ocorrem por meio da meditação e estados vibracionais mais elevados assumem o controle, estados antigos e limitantes podem surgir. Nesse caso, a TFT ajuda rapidamente a dissolver os pensamentos repetitivos e crenças que limitam a mente desperta a assimilar as novas informações e estados de níveis elevados de frequência.
Relativamente à EcoMeditação, esta combina as "melhores práticas" de EFT, Mindfulness, Coerência Cardíaca, Neurofeedback e Psicologia Transpessoal, num conjunto simples, mas elegante, que integra os benefícios de todos os métodos. Todas estas, são formas como podemos alterar os campos energéticos em que as nossas células se reproduzem. Segundo Dawson Church contam-se como benefícios da EcoMeditação o aumento dos níveis de células estaminais em circulação, o prolongamento dos telómeros (marcadores de envelhecimento), a dissipação das placas de beta-amiloides no cérebro (placas no cérebro que impedem a sinalização neuronal - A Doença de Alzheimer produz este tipo de placas), melhoramento da memória e dos níveis de atenção, estimulação da serotonina, reparação do ADN, regulação da inflamação, fortalecimento do sistema imunitário, reparação das células dérmicas, ósseas, cartilaginosas e musculares, aumento dos níveis de hormonas do crescimento para reparação celular e melhoramento das ligações neuronais no cérebro.
(a MedTapping utiliza a TFT -terapia "mãe" do chamado "movimento das psicologias energéticas - em substituição da EFT – derivação e simplificação da TFT -, o que produziu uma combinação poderosa e absolutamente extraordinária, de acordo com a nossa experiência e relatos de clientes)
Afirma Dawson Church que "Todos nós já ouvimos sobre os benefícios da meditação. Menos stresse. Mais tempo de vida útil. Memória mais nítida. Mais felicidade. Menor risco de cancro, doenças cardíacas e diabetes. Então, por que nem todos meditam?
A resposta é que a meditação é difícil. Quando te sentas e fechas os olhos, a "Mente de Macaco" assume o controle e é impossível conteres os teus pensamentos. A investigação mostra que a maioria das pessoas já tentou meditar, mas desistiu. De acordo com o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos, apenas cerca de 14% da população tem uma prática regular."
Junto com outros investigadores, há anos que Dawson Church procurava uma forma de tornar fácil a prática de meditação para iniciantes. Estudaram o cérebro e o corpo de meditadores experientes usando para tal ferramentas como eletroencefalogramas e ressonâncias magnéticas e ficaram a saber exatamente como são as suas ondas cerebrais, tónus muscular e padrões de respiração. Descobriram que se uma pessoa sem nenhuma experiência de meditação se sentasse, respirasse e relaxasse exatamente os mesmos músculos que um mestre de meditação, caíam num estado meditativo profundo em 4 minutos ou menos, isto sem nenhum treino ou crença exigidos.
Em 2019, a especialista em EEG Judith Pennington publicou um estudo que mostrou que, em meditadores iniciantes: “A EcoMeditação produziu níveis extraordinariamente altos de Sincronia Gama… os participantes adquiriram estados cerebrais elevados normalmente encontrados apenas após anos de prática de meditação. A EcoMeditação facilitou a capacidade dos participantes de induzir e sustentar as ondas cerebrais alfa características da integração emocional, mental e espiritual de alto nível.”
3.4 – Níveis de Doença e Cura
De seguida, vamos apresentar o nosso entendimento sobre os níveis de doença e de cura, pois este foi fundamental no processo de criação do sistema Beconscience.
O sistema Beconscience é um sistema quântico, pois também é sustentado por princípios básicos da Física Quântica, tais como a causação descendente, descontinuidade, não-localidade e hierarquia interligada, e recorre a um “modus operandi” que se baseia no entendimento que a maioria das doenças ocorre simultaneamente em mais do que um dos cinco corpos de consciência – físico, vital, mental, supramental e espiritual. Mais, a doença pode ter origem num nível e disseminar-se para outros, pelo que o objetivo do sistema Beconscience não consiste em tratar as doenças ao visar apenas um nível (o material), mas sim em visar, se necessário, todos os movimentos de todos os cinco corpos de consciência enquanto campo de cura. Tanto a mente como as energias vitais são aceites como locais onde a doença pode ter origem e a cura pode ocorrer. A cura num plano de consciência superior cura automaticamente os planos inferiores, embora leve o seu tempo.
Assim, torna-se útil uma descrição sucinta sobre as características e funções dos cinco compartimentos ou corpos da consciência, acima referidos:
O físico, que é o hardware e onde são criadas as representações dos corpos mais subtis.
O vital, que possui as matrizes de funções biológicas que são depois representadas no físico sob a forma dos diferentes órgãos.
O mental, que dá sentido ao vital e ao físico e do qual o cérebro cria representações.
O intelecto supramental, que fornece contextos para o significado mental e as funções vitais e sentimentos associados, e as leis do movimento físico.
O corpo de êxtase, que é a base ilimitada do ser. Nesta base do ser com possibilidades ilimitadas, os outros quatro compartimentos exercem limitações progressivas.
A Física Quântica concede-nos uma janela visionária e se olharmos por esta janela, vemos todos os componentes da nossa realidade experienciada – sensações físicas, sentimento vital, pensamento mental, intuição supramental e totalidade espiritual - como diferentes níveis através dos quais a consciência se experiencia a si mesma (Goswami, 2000).
Estes níveis estão encaixados (ver figura 2).
Fig. 2 - Os cinco corpos da consciência
O nível físico é o mais denso, o vital uma categoria superior, o mental uma categoria ainda mais elevada, e, então, vem o supramental. Este último pode ser identificado como o domínio daquilo a que Platão chamou arquétipos e, na visão de Jung, este é o domínio ao qual acedemos por meio da intuição. Finalmente, existe o espiritual, que é o todo, a base do ser, e que não podemos experienciar na consciência dividida em sujeito/objeto.
No nível físico a doença parece fácil de expor: a física e a química normais do corpo descontrolaram-se, sendo que as causas podem ser externas e internas. De acordo com o paradigma materialista, exemplos de uma causa externa são coisas como germes, vírus e lesões físicas. As causas internas de uma doença física são mais subtis, sendo que um exemplo é a existência de um defeito genético. A deficiência de um gene ou de uma combinação de genes manifesta-se numa incapacidade do corpo produzir proteínas específicas para o funcionamento adequado dos órgãos e daí resulta a doença.
No entanto, este entendimento sobre a causa da doença nem sempre pode ser feito. Observemos, por exemplo, o caso do cancro. Tanto a teoria dos germes como a deficiência genética foram consideradas uma causa, mas não com muito sucesso. Assim, a pergunta: «O que é que causa o cancro?» encontra-se bastante recetiva a teorias aos níveis vital e mental.
O que é que causa a doença no nível vital?
No nível físico, temos as representações do corpo físico sujeitas à física e à química habituais; no nível vital, temos matrizes corporais - os campos morfogenéticos. O corpo físico individual é único em virtude da sua estrutura e o corpo vital também é único em consequência do fator - condicionamento. Algumas matrizes vitais são mais usadas do que outras o que leva a um conjunto de propensões que então se torna um padrão da personalidade funcional. Este corpo vital individual pode possuir certos desequilíbrios incorporados (causa interna) e pode adquirir desequilíbrios por causa de interações com o ambiente físico, o vital e o ambiente mental (causa externa). Este ambiente pode consistir em alimentos, a natureza, animais e outras pessoas. De referir que as interações do ambiente vital com o ambiente físico e mental são indiretas. O que acontece é que o ambiente físico afeta os órgãos do corpo físico, e como estes estão correlacionados com as matrizes do corpo vital, o efeito propaga-se, sendo que a consciência estabelece a conexão final.
Da mesma forma, o ambiente mental afeta o cérebro correlacionado. O cérebro está ligado aos diversos órgãos do corpo físico através do sistema nervoso e também por meio das recém-descobertas conexões psiconeuroimunológicas. Por fim, estes órgãos estão correlacionados com as matrizes do corpo vital no chacra apropriado. E a consciência, mais uma vez, estabelece a conexão.
Estes desequilíbrios no uso das matrizes do corpo vital (os campos morfogenéticos) produzem também desequilíbrios nas representações dos órgãos físicos.
O que é que causa a doença no nível mental?
O significado mental negativo pode ser atribuído à entrada externa que ocorre em todos os três níveis, por exemplo:
Ao nível físico. Uma lesão que causa angústia mental «Porque é que estas coisas acontecem sempre a mim?»
Ao nível do sentimento vital (a visão de um leão que produz medo).
Ao nível mental (palavras injuriosas).
O significado mental negativo afeta o corpo através da sua representação no cérebro e, subsequentemente, por intermédio da conexão do cérebro com o corpo através do sistema nervoso e das moléculas psiconeuroimunológicas. O significado mental afeta as matrizes do corpo diretamente no chacra da coroa e indiretamente através do corpo físico nos outros chacras.
Além disso, a mente de um indivíduo também pode ter desequilíbrios internos incorporados. Os desequilíbrios internos e externos da mente são capazes de produzir desequilíbrios tanto vitais como físicos.
Uma vez que o nível supramental arquetípico não se encontra diretamente representado no físico, não existe uma doença que possa ser considerada supramental na sua origem como tal.
Mas a nossa falta de uma conexão contínua com os corpos supramental e de êxtase pode manifestar-se como ignorância, que é a causa primordial de todo o sofrimento. O sábio indiano oriental Patanjali (Taimni, 1961) disse que a ignorância dá origem ao ego, o ego desenvolve gostos e aversões (processo de mentalização do sentimento), e estes gostos e aversões acabam por dar origem a doenças físicas e ao medo da morte.
Assim sendo, a doença física pode ser causada em todos os níveis - todos os cinco corpos.
O materialista estrito presume que todas as doenças são causadas ao nível físico, e este é o erro mais profundo da medicina convencional. Mas os profissionais da cura alternativa caem no mesmo erro se atribuem a doença a um nível qualquer, como o mau funcionamento de um corpo. Em muitos casos, temos de examinar a causa de doença em mais de um nível.
A título de exemplo, vejamos o caso de uma lesão física. Os materialistas pensam que é problema de nível físico, e então os cirurgiões fazem o que o que têm a fazer, mas a lesão não fica curada. O que acontece neste caso é que as matrizes vitais que auxiliam na regeneração do órgão afetado não estão a funcionar adequadamente e, então, será útil consultar um terapeuta do corpo vital.
Relativamente à cura, aplica-se o mesmo que à doença, ou seja, também tem de ser considerada em mais do que um nível. Uma doença surge com certos sintomas no nível físico, certos sentimentos de enfermidade no nível vital, certos erros de significado no nível mental e uma certa sensação de separação dos níveis supramental e de êxtase.
Uma cura completa é uma cura holística – devemos sempre tentar uma abordagem em vários níveis, se for possível encontrar abordagens compatíveis para os diferentes níveis. O sistema Beconscience foi desenvolvido para responder de forma adequada a esta premissa fundamental, pelo que se socorreu das três abordagens que descrevemos acima e que elencam o seu tronco.
Vamos aprofundar.
No nível mais baixo, no nível físico, encontram-se a medicina convencional e as suas curas materialistas (dos sintomas): medicamentos, radiação e cirurgia. Se a doença for totalmente física (o que raramente é o caso) uma cura material é suficiente.
No nível seguinte, o nível vital, a doença tem componentes vitais identificáveis, bem como componentes físicos óbvios. Se tratarmos apenas os componentes vitais da doença, como fazem por exemplo os terapeutas orientais do Ayurveda, teremos um paradigma exclusivo. O tratamento ao nível vital é mais fundamental e abrange o nível físico, mas é demorado. Com efeito, em alguns casos nos quais existe uma urgência, o recurso complementar à cura física é claramente necessário. O objetivo é o foco na compatibilidade das duas curas e então tudo caminha na direção certa.
No nível seguinte, o nível mental, estamos agora a falar de doença mente/corpo e de cura mente/corpo e aqui podemos dizer que a mente cria a doença. Com efeito, é importante e necessário colocarmos algumas perguntas pertinentes.
Será que só a mente cura, que é só a mente que produz a cura ao nível mental e que a cura se infiltra no nível físico?
Porque não continuar com a cura compatível de nível vital e físico também?
A cura mente/corpo por vezes pode ser uma designação incorreta. Quando a mente cria a doença, por vezes a cura não pode ser operada ao nível da mente, sendo necessário um salto quântico para o supramental para se obter a cura, um dos motivos pelo qual se introduziu no Sistema Beconscience a MedTapping. Mas, evidentemente a cura supramental não exclui a mente; nem tão pouco exclui o físico e o vital.
Um salto para o supramental corrige o erro do significado mental; tratar o significado mental trata o sentimento vital, significando a cura dos programas morfogenéticos para que estes possam restaurar as funções biológicas dos órgãos ao nível físico.
No nível seguinte, da cura espiritual, a cura é a recuperação da totalidade ou aquilo a que as tradições espirituais chamam iluminação. E aqui, pode surgir alguma confusão, pois se a iluminação espiritual é o nível mais elevado de cura, porque é que as pessoas supostamente iluminadas morrem de doenças como o cancro.
Porque é que essas pessoas iluminadas não se conseguem curar?
É verdade que dois místicos iluminados de tempos bem recentes, Ramakrishna e Ramana Maharshi, morreram de cancro, no entanto a confusão desvanece-se quando reconhecemos que a descoberta da totalidade cura a mente da separação do ego, logo a cura do ego elimina os desequilíbrios vitais resultantes de preferências emocionais, e nenhuma preferência emocional significa nenhum medo da morte ao nível físico. Consequentemente, não existe ninguém que sofra ou receie a morte por causa da doença. Quem, então, precisa de a curar? Dito de outra forma, a perspetiva iluminada pode não fazer sentido para as perspetivas de qualquer um dos níveis mais baixos.
É possível recuperar o nosso poder pessoal através do sistema Beconscience, que nos oferece ferramentas que nos tornarão conscientes de que somos sempre os criadores da nossa realidade, visto que se o utilizarmos de modo adequado obtemos o domínio da vida, e com este domínio virão todas as emoções agradáveis - amor, compaixão, certeza e alegria de viver.
Por tudo isto a frase que melhor se identifica com aquilo que somos e fazemos, de dentro para fora, é:
Ajudamos Seres Humanos a Expandir a Consciência rumo à Satisfação da Alma.
3.5 – Métodos de Medição da Evolução
Aqui chegados, passamos a descrever como é aferida a evolução durante os processos de Libertação Emocional e Expansão de Consciência, que integram o Sistema Beconscience.
Para tal, começamos com a descrição dos métodos de avaliação utilizados para a medição da evolução durante o processo de libertação emocional utilizando a Terapia do Campo do Pensamento.
3.5.1 - A Escala de Unidades Subjetivas de Sofrimento (SUD)
SUD é uma abreviação para o termo útil, "Subjective Units of Distress – Unidades Subjetivas de Sofrimento". Esta escala é uma forma de quantificar o grau de stress, dor ou emoções perturbadoras experimentadas pelo cliente, no momento presente. O SUD pode ser representado numa escala de 11 ou 10 pontos, de 0 a 10 ou de 1 a 10, respetivamente. (Wolpe introduziu pela primeira vez o termo. Informações adicionais podem ser encontradas na página 19 de “Stop the Nightmares of Trauma”). O Dr. Callahan usou uma escala similar em 1949, que foi desenvolvida por Dean Eric Gardner, da Syracuse University Graduate School, e pelo Professor George Thompson. A maioria das pessoas aprenderá rapidamente a usar esta ferramenta para comunicar o nível de sofrimento que está a experimentar enquanto sintoniza um campo de pensamento.
Na TFT o SUD é considerado o "ponto principal" pelo qual a terapia é avaliada para o sucesso. Os índices comportamentais de como as pessoas estão a responder à terapia podem ser bastante enganadores, uma vez que muitas pessoas podem fazer a maioria das coisas quando pressionadas. Se o seu sofrimento permanecer intenso ao mesmo tempo, não consideramos que isso seja uma terapia bem-sucedida.
Embora a escala de 1 a 10 pontos seja a mais comum, qualquer escala ou descrição da graduação da intensidade é aceitável, desde que a pessoa possa ser consistente na sua autoavaliação.
A importância do relato individual do nível subjetivo de dor (1 a 10 ou 0 a 10) foi reconhecida como necessária e importante na monitorização da saúde e recuperação de indivíduos hospitalizados. Agora é necessário como indicador vital para monitorar, juntamente com frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura e ritmo respiratório. Da mesma forma, a medida mais importante do poder do nosso sistema é o relatório sobre a experiência da pessoa.
No entanto, existem situações em que não podemos obter o SUD. Em alguns casos, as pessoas estão reprimidas e não conseguem avaliar o SUD, a menos que estejam realmente expostos à situação. Essas pessoas podem ser tratadas com sucesso, mas precisarão testar o tratamento em contacto com a situação, antes de poderem conhecer os resultados.
Da mesma forma, os bebés, os animais e as pessoas com deficiência mental também podem ser tratados com sucesso, embora não consigam sintonizar voluntariamente um campo de pensamento e dar um SUD. Nestes casos devem ser tratados enquanto estiverem na situação real, devendo a experiência durar o mínimo de tempo possível, a fim de evitar retraumatizar.
Para as crianças que são muito jovens para lhe dar um número, utilizamos uma escala SUD infantil que pode ser usada.
Quando usamos escala SUD com crianças, é importante certificarmo-nos de que estão em contacto com o campo do pensamento antes de tratá-las. Se uma criança foi mordida por um cão, podemos mostrar-lhe a fotografia de um cão ou pedir-lhe para desenhar um. Também podemos pedir à criança para falar sobre a mordida do cão. Contudo, temos de ter cuidado e evitar retraumatizar a criança. Assim que a criança estiver no campo do pensamento, devemos administrar o tratamento.
Se estivermos a tratar um bebé, podemos segurar ou tocar no bebé e fazer os batimentos em nós mesmos como substitutos. Como estamos a formar um circuito com o bebé, o tratamento é conduzido para o corpo dele. Também podemos fazer batimentos ou esfregar os pontos no corpo do bebé.
Para o tratamento de crianças pode pedir-lhes que mostrem o tamanho do seu sofrimento através da distância do afastamento das suas mãos, uma em relação à outra (medo, raiva, ferida), ou então utilizando o gráfico acima. Também podemos usar uma frase, tal como, "O quanto é que isso é chato?"
É melhor ter o pai ou um tutor presente. Também podemos perguntar ao pai ou responsável se percebe qualquer alteração no comportamento da criança após o tratamento.
3.5.2 - Variabilidade da Frequência Cardíaca
Outro método de avaliação utilizado é com dados de Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC).
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) refere-se à variabilidade do intervalo normal entre batimentos cardíacos
A medição da VFC envolve o cálculo da variação nos intervalos de tempo entre cada batimento cardíaco, medido em milissegundos. A VFC também mede a atividade e o equilíbrio dos sistemas simpático e parassimpático do sistema nervoso autónomo (SNA).
Foi demonstrado em estudos longitudinais que a baixa VFC é um forte indicador de todas as causas de mortalidade, além de estar correlacionada com uma série de condições psicológicas.
A VFC é muito importante, pois fornece uma medida objetiva do resultado da terapia, medindo não apenas a variabilidade da frequência cardíaca, mas também qualquer alteração nas respostas do sistema nervoso autónomo. A VFC ajuda se um cliente tem o “Problema Ápice” e não atribui as alterações ao TFT. Estudos publicados demonstraram que a VFC não responde ao efeito placebo. Isso significa que os dados obtidos com VFC refletem a realidade, ao mostrarem uma mudança de VFC no pós-tratamento de uma pessoa. Assim, foi refutada qualquer teoria de que os resultados obtidos regularmente com TFT podiam ser devidos a "efeito placebo".
Se a pessoa não puder dar um SUD (por estar reprimido), o impacto da questão provavelmente será visível na VFC quando o problema for sintonizado, mesmo sem resposta emocional. Nesses casos, a VFC é uma boa maneira de medir a mudança.
As medidas mais importantes a observar ao ler resultados de VFC são:
SDNN (Standard Deviation of Normal to Normal - Desvio Padrão de Normal a Normal) - É uma indicação da variabilidade real do coração, de batida a batida. Uma frequência cardíaca estável significa que a variabilidade é baixa, e um baixo SDNN (abaixo de 50) tem sido associado em vários estudos importantes, incluindo o famoso Estudo de Framingam, ao maior risco de morte súbita cardíaca. Estudos mais recentes mostraram que, nos casos em que a variabilidade é muito alta, também pode existir problema. Mais comummente, no entanto, vemos casos em que o SDNN é muito baixo. A pesquisa também mostrou uma relação entre baixo SDNN e fobias, depressão e Stress Pós-Traumático. Com o TFT podemos facilmente mudar isso em minutos.
Poder total - Esta é uma medida da capacidade do sistema nervoso autónomo para responder aos desafios (a sua "capacidade de resposta"). Geralmente, pouca potência total pode indicar depressão.
3.5.3 - Teste Muscular de Cinesiologia Aplicada
Relativamente ao processo de Expansão de Consciência, aferimos e calibramos os níveis de consciência utilizado a técnica do Teste Muscular de Cinesiologia Aplicada, que passamos a descrever.
A título de informação geral, diremos que a dimensão do campo energético da consciência é infinita. Certos níveis específicos estão correlacionados com a consciência humana e foram calibrados de 1 a 1000 (ver mapa da consciência abaixo). Estes campos refletem e dominam a consciência.
No universo, tudo irradia uma frequência específica ou um pequeno campo de energia que se mantém no campo da consciência. Assim, cada pessoa ou ser que já tenha vivido - e tudo o que se relacione com eles - fica gravado para sempre e pode ser recuperado no presente ou no futuro.
No que respeita à técnica, podemos dizer que a resposta ao teste muscular é um simples «sim» ou «não sim» (não) a um estímulo específico. Existem várias formas de se executar a técnica, com efeito apenas vamos descrever mais profundamente a mais conhecida. Pede-se ao testado que mantenha um braço estendido; quem efetua o teste empurra-lhe o pulso para baixo, aplicando dois dedos e uma ligeira pressão. Normalmente, o para primeiro segura com a outra mão, sobre o plexo solar, a substância a testar. O testador diz-lhe: «Resista.» Se a substância é benéfica para o testado, o braço revela força. Se não for, ou tiver um efeito adverso, o braço enfraquece. A resposta é rápida e breve.
Importa referir que o calibre da intenção, tanto do testador como do testado, deve ser superior a 200 para respostas precisas.
A experiência de grupos de discussão online demonstrou que muitos estudantes conseguem resultados imprecisos. Outras pesquisas revelam que, com um calibre de 200, ainda existe uma margem de erro de 30 por cento. Quanto mais elevados os níveis de consciência da equipa que faz o teste, mais concisos os resultados. A melhor atitude é a de distanciamento clínico, que se afirma precedendo-se o teste de uma declaração:
«Em nome do bem superior, _______ calibra-se como verdadeiro acima de 100, de 200», etc. A contextualização «em nome do bem superior» aumenta a precisão, porque transcende os interesses e os motivos pessoais e egoístas.
Durante anos, o teste foi visto como uma resposta local do sistema de acupuntura ou do imunitário. No entanto, pesquisas posteriores concluíram que não se trata de uma resposta local do organismo, mas de uma reação geral da consciência à energia de uma substância ou afirmação. O que é verdadeiro, benéfico ou pró-vida dá uma resposta positiva com origem no campo impessoal da consciência, presente nos seres vivos. Esta resposta é indicada através do fortalecimento da musculatura. Há também uma resposta pupilar associada (as pupilas dilatam-se com a falsidade e contraem-se com a verdade), bem como alterações na função cerebral, reveladas pelas ressonâncias magnéticas. (Por conveniência, o músculo deltoide é o que apresenta melhores resultados como músculo indicador; no entanto, pode ser usado qualquer músculo.)
Antes de se formular uma pergunta (sob a forma de afirmação), é necessário pedir autorização; ou seja: «Estou autorizado a fazer perguntas sobre o que tenho em mente» (sim/não). Ou: «Esta calibragem serve o bem superior.»
Se uma afirmação é falsa ou se uma substância é prejudicial, os músculos enfraquecem em resposta à ordem «resista>. Isto indica que o estímulo é negativo, falso, antivida, ou que a resposta é «não». A resposta é rápida e de breve duração. Em seguida, o corpo recupera e regressa à tensão muscular normal.
Existem três modos de aplicar o teste. O mais utilizado, tanto na investigação como de um modo geral, requer o testador e o testado. É preferível um ambiente silencioso. O testado fecha os olhos.
O testador deve formular a pergunta sob a forma de afirmação. A resposta muscular pode ser «sim» ou «não». Por exemplo, uma maneira incorreta de perguntar: «Este cavalo é saudável?» A certa é: «Este cavalo é saudável», ou o oposto: «Este cavalo está doente.»
Depois, o testador diz «resista» e o testado mantém o braço estendido e paralelo ao chão. O testador pressiona com dois dedos o pulso do braço, com força moderada. O braço continuará forte, indicando um «sim», ou ficará fraco, indicando um «não sim» (não). A resposta é curta e imediata.
Um segundo método é o do «anel», que pode ser feito sozinho. Aperta-se firmemente o polegar e o dedo médio da mesma mão formando a letra «O», e o indicador da mão oposta é usado para os separar. Existe uma diferença assinalável na força entre um «sim» e um «não».
O terceiro procedimento é o mais simples; todavia, também requer alguma prática. Basta levantar um objeto pesado - um grande dicionário ou um par de tijolos - de uma mesa que esteja à altura da cintura. Atente na imagem ou declaração verdadeira a calibrar e erga o objeto. Então, em contraste, tenha em mente o que sabe ser falso. Observe a facilidade com que levanta o objeto, e o maior esforço necessário quando a questão é falsa (não verdadeira). Os resultados podem ser verificados usando os outros dois métodos.
Ao nível da calibragem de níveis específicos, convém sabermos que o ponto crítico entre positivo e negativo, verdadeiro e falso, ou o que é construtivo ou destrutivo, situa-se no nível calibrado com 200 (ver mapa da consciência acima). Qualquer coisa acima de 200, ou verdadeira, fortalece o testado; abaixo de 200, ou falsa, enfraquece o braço. Qualquer coisa, passada ou presente, incluindo imagens ou afirmações, acontecimentos ou personagens históricas, pode ser testada. Não tem de ser verbalizada.
Deixamos aqui alguns exemplos ao nível da calibragem numérica: «Os ensinamentos de Ramana Maharshi calibram-se acima de 700» (S/N). Ou «Hitler calibra-se acima de 200» (S/N). «Quando ele estava na casa dos 20» (S/N). «Dos 30» (S/N). «Dos 40» (S/N). «No momento da sua morte» (S/N).
No que concerne às aplicações da técnica devemos saber que o teste muscular não deve ser utilizado para prever o futuro; fora isso, o que podemos perguntar é ilimitado. A consciência não tem limites no tempo nem no espaço; todavia, a autorização pode ser negada. Os acontecimentos atuais ou históricos podem ser alvo de perguntas. As respostas são impessoais e não dependem dos sistemas de crenças do testador nem do testado. Por exemplo, o protoplasma recua na presença de estímulos nocivos e de hemorragias. São qualidades próprias destes elementos e impessoais. A consciência apenas conhece a verdade porque só a verdade tem existência real. Não responde à falsidade, porque não existe. Também não responderá com precisão a perguntas que denotem falta de integridade ou egoísmo.
Para se falar com exatidão, a resposta ao teste é «ligado» ou «desligado». Como um interruptor elétrico, dizemos que a eletricidade está «ligada» e, quando usamos a palavra «desligada», queremos dizer que não está presente. Estar «desligado» não existe. É uma afirmação subtil, mas crucial para a compreensão da natureza da consciência. A consciência só reconhece a verdade e não responde à falsidade. Da mesma forma, um espelho reflete uma imagem apenas e só se houver um objeto a refletir. Se nenhum objeto for posto diante do espelho, não há imagem refletida.
Para se calibrar um nível, a calibragem faz-se relativamente a uma escala de referência específica. Para chegar aos valores da tabela acima, deve mencionar-se a dita tabela ou formular-se uma afirmação do género:
«Numa escala de consciência humana de 1 a 1000, na qual 600 indica iluminação, _______ isto calibra-se acima de _______ (um número).»
Ou: «Numa escala de consciência em que 200 é o nível da verdade e 500 é o grau do amor, esta afirmação calibra-se acima de ______ .» (Indicar um número específico.)
Geralmente, as pessoas querem distinguir a verdade da falsidade. Como tal, a afirmação deve ser específica. Evite termos genéricos, como «um bom trabalho». Bom em que sentido? Valor da remuneração? Condições? Oportunidades de promoção? Porque o chefe é justo?
A familiarização com o teste leva ao domínio progressivo do mesmo. As perguntas apropriadas surgem por si e podem tornar-se incrivelmente precisas. Se o mesmo testador e o mesmo testado trabalharem juntos durante algum tempo, um ou ambos desenvolverão o que se pode tornar uma espantosa precisão e capacidade de identificar as perguntas específicas a fazer, mesmo que o tema seja estranho a ambos. Por exemplo, o testador perdeu um objeto e começa por dizer: «Deixei-o no escritório.» (Resposta: não.) «Deixei-o no carro.» (Resposta: não.) De repente, o testador quase vê o objeto e diz: «Pergunta, atrás da porta da casa de banho.» O testado diz: «O objeto está pendurado atrás da porta da casa de banho.»> (Resposta: sim.) Neste caso, o testado nem sequer sabia que o testador parara para meter gasolina e deixara um casaco na casa de banho do posto de abastecimento.
Consegue-se informação sobre qualquer coisa em qualquer lugar no tempo ou no espaço, atual ou passado, desde que se tenha autorização prévia. (Às vezes, obtém-se um «não», por razões cármicas ou outras, desconhecidas.) O rigor da informação pode ser confirmado com uma verificação cruzada. Quem aprender a técnica terá acesso instantâneo a mais informação do que a contida nos computadores e bibliotecas do mundo. As possibilidades são obviamente ilimitadas, e o potencial é impressionante.
Contudo, o teste tem limitações, o mesmo é exato apenas se os testados se calibrarem acima de 200 e se a intenção for íntegra, com um calibre também superior a 200. Os requisitos consistem na objetividade distanciada e no alinhamento com a verdade, ao invés de numa opinião subjetiva. Assim, tentar provar um ponto de vista impede a precisão. Cerca de dez por cento da população não usa a técnica dos testes cinesiológicos por razões desconhecidas. Por vezes, os casais, embora ainda não saibamos porquê, não conseguem aplicar a técnica e têm de encontrar uma terceira pessoa para fazer o teste.
Um testado certo é aquele cujo braço se mantém forte quando tem em mente um objeto ou pessoa amados, e enfraquece se pensa em algo negativo: medo, ódio, culpa, etc. (Por exemplo, Winston Churchill tem um resultado forte; Osama bin Laden, não).
Ocasionalmente, um testado apropriado dá respostas paradoxais. Estas podem ser esclarecidas com uma pancada no timo. (Com um punho fechado, bata três vezes no esterno superior, sorria e diga «ah--ah-ah» a cada pancada e visualize alguém ou algo amado.) Então, o desequilíbrio temporário desaparecerá.
O desequilíbrio pode ser o resultado de ter estado recentemente com pessoas negativas, ouvir heavy metal, ver programas de televisão violentos, jogar jogos de vídeo violentos, etc. A energia da música negativa é prejudicial ao sistema energético do corpo e pode durar até meia hora após desligada. Os anúncios de televisão ou subliminares são também uma fonte comum de energia negativa.
Como observado, este método de distinguir a verdade da falsidade e os níveis de verdade calibrados tem requisitos rigorosos.
O teste da força muscular é independente da opinião ou da crença. Trata-se de uma resposta impessoal do campo da consciência, assim como o protoplasma é impessoal nas respostas. Isto é demonstrado pela observação de que as respostas são as mesmas, verbalizadas ou tidas em mente silenciosamente. Como tal, o testado não é influenciado pela pergunta, pois nem sequer sabe qual é. Para o demonstrar, faça o seguinte exercício:
O testador tem em mente uma imagem que o testado desconhece, e diz: «A imagem que tenho em mente é positiva» (ou «verdadeira» ou «Calibra-se acima de 200», etc.). Depois, o testado resiste à pressão lhe é aplicada no pulso em sentido descendente. Se o testador tiver uma imagem positiva em mente (Abraham Lincoln, Jesus, madre Teresa, etc.), o músculo do braço do testado ganha força. Se, pelo contrário, se tratar de uma afirmação falsa ou imagem negativa (Bin Laden, Hitler, etc.), o braço ficará fraco. Visto que o testado não sabe o que o testador tem em mente, os resultados não são influenciados por crenças pessoais.
O ceticismo, o cinismo e o ateísmo calibram-se abaixo de 200 porque refletem um preconceito negativo. Em contrapartida, a verdadeira investigação exige mente aberta e honestidade desprovida de vaidade intelectual. Os estudos negativos da metodologia do teste calibram-se todos abaixo de 200 (geralmente em 160), assim como os pesquisadores.
A pessoa média pode achar surpreendente que até professores famosos possam e, de facto, se calibrem abaixo de 200. Mas os estudos negativos são consequência de um enviesamento negativo. Como exemplo, o projeto de pesquisa de Francis Crick que levou à descoberta da hélice dupla do ADN calibrou-se em 440. O seu último projeto de investigação, que pretendia provar que a consciência era apenas um produto da atividade neurónica, calibrou-se em 135. (Ele era ateu.)
O fracasso dos investigadores que, ou por defeito do projeto de investigação, se calibram abaixo de 200 (geralmente em 160) confirma a verdade da metodologia que dizem refutar. Eles «deviam» obter resultados negativos, e é o que acontece. Isto, paradoxalmente, prova a precisão do teste na deteção da diferença entre integridade imparcial e não integridade.
Qualquer descoberta pode agitar as águas e ser vista como ameaça ao statu quo dos sistemas de crenças vigentes. O facto de a investigação da consciência validar a realidade espiritual há de causar resistência, pois representa um confronto direto ao domínio do núcleo narcisista do ego, intrinsecamente obstinado e presunçoso.
Abaixo do nível de consciência 200, a compreensão é limitada pelo domínio da mente inferior, capaz de reconhecer os factos, mas não de compreender o que se entende por «verdade» (confunde a res interna com a res externa), nem que esta verdade produz manifestações fisiológicas diferentes da falsidade. Além disso, a verdade é intuída, como o demonstram a análise de voz, o estudo da linguagem corporal, a resposta pupilar, as alterações no EEG, as flutuações na respiração e na tensão arterial, a resposta galvânica da pele, a radiestesia e até a técnica Huna de medir a distância a que a aura irradia do corpo. Algumas pessoas têm um método simples: pondo o corpo em pé como pêndulo (cair para a frente com a verdade e para trás com a falsidade).
Numa contextualização mais avançada, os princípios prevalecentes são os de que a verdade não pode ser contestada pela falsidade, como a luz não deve ser refutada pela escuridão. O não linear não está sujeito às limitações do linear. A verdade é um paradigma diferente da lógica e, assim, não é comprovável, visto que o comprovável se calibra apenas em 400. A metodologia da investigação da consciência funciona no nível 600, que se situa na interface das dimensões linear e não linear.
Calibragens efetuadas em ocasiões distintas ou por diferentes investigadores podem variar por diversas razões:
As situações, as pessoas, as atitudes, a política e as estratégias mudam ao longo do tempo;
As pessoas tendem a usar diferentes modalidades sensoriais quando têm algo em mente: visual, sensorial, auditiva ou cinestésica. Por conseguinte, «a sua mãe» pode aludir ao aspeto dela, à voz, etc. Henry Ford pode ser calibrado como pai, como industrial, pelo seu impacto na América, pelo antissemitismo, etc.
A precisão aumenta com o nível de consciência. (Os níveis acima de 400 são os mais exatos.) Podemos especificar o contexto e seguir uma modalidade predominante. Se uma equipa usa a mesma técnica, obterá resultados internamente consistentes. A experiência desenvolve-se com a prática. Todavia, algumas pessoas são incapazes de ter uma atitude científica, distanciada, e não conseguem ser objetivas; como tal, o método de teste não será exato. A dedicação e a intenção favorável à verdade devem ser priorizadas em relação às opiniões pessoais e à vontade de provar que estas estão «certas».
À descoberta de que a técnica não funciona com pessoas que se calibram abaixo de 200 acrescentou-se outra: também não funciona se as pessoas que fazem o teste são ateias. Isto pode ser consequência de o ateísmo se calibrar abaixo de 200 e de a negação da verdade, ou divindade (omnisciência), desqualificar o negado ao nível cármico, assim como o ódio nega o amor.
3.5.3.1 - Níveis de consciência humana
No seu livro Poder versus Força, David R Hawkins apresenta uma anatomia logicamente atraente da consciência que estabelece o arco da evolução espiritual humana desde a sua expressão mais baixa (vergonha) à mais elevada (iluminação). Na sua investigação realizou milhões de calibrações que definiram uma gama de valores que correspondem com precisão a conjuntos de atitudes e emoções bem reconhecidos, localizados por campos energéticos atractores específicos. David R. Hawkins adotou uma classificação desses campos de energia, de modo a ser facilmente compreensível, além de precisa clínica e subjetivamente.
É muito importante esclarecermos que os valores de calibração não representam uma progressão aritmética, mas logarítmica.
Assim, o nível 300 não tem o dobro da amplitude de 150; é antes 10 elevado a 300. Portanto, um aumento de alguns pontos representa um grande avanço no poder; a taxa de aumento de poder à medida que subimos na escala é, portanto, enorme.
As formas pelas quais os vários níveis da consciência humana se expressam são profundas e amplas; os seus efeitos são óbvios e subtis. Todos os níveis abaixo de 200 são destrutivos da vida, tanto do indivíduo quanto da sociedade em geral; em contraste, todos os níveis acima de 200 são expressões construtivas de poder. O nível decisivo de 200 é o fulcro que divide as áreas gerais de força (ou falsidade) do poder (ou verdade).
Ao descrever os correlatos emocionais dos campos de energia da consciência, convém lembrar que raramente se manifestam como estados puros num indivíduo. Uma pessoa pode operar a certo nível em determinada área da vida e a um nível bastante diferente noutra. O nível geral de consciência de um indivíduo é o efeito total da soma de todos esses vários níveis.
1 - Nível de energia 20: Vergonha
O nível da vergonha encontra-se perigosamente perto da morte, que pode ser escolhida por vergonha e assumir a forma de suicídio consciente, ou de modo mais subtil ao não tomarmos medidas para prolongar a vida, como no «suicídio passivo». Aqui, é comum a morte por um acidente evitável. Conhecemos a dor de «cair em desgraça», de sermos desacreditados ou de nos sentirmos uma «não pessoa». Na vergonha, as pessoas baixam a cabeça e afastam-se, desejam ser invisíveis. O banimento acompanha tradicionalmente a vergonha, e nas sociedades primitivas, nas quais todos temos origem, equivale à morte.
As primeiras experiências da vida, como o abuso sexual, que levam à vergonha, alteram a personalidade para sempre, a menos que sejam resolvidas pela terapia. A vergonha, como Freud determinou, produz neuroses. Destrói a saúde emocional e psicológica e, como consequência de baixa autoestima, propicia o desenvolvimento de doenças físicas. A personalidade caracterizada pela vergonha é tímida, retraída e introvertida.
A vergonha também é usada como ferramenta da crueldade, e as vítimas podem tornar-se também elas cruéis. As crianças que foram envergonhadas são cruéis com os animais e entre elas. O comportamento das pessoas cuja consciência se situa neste nível é perigoso. São propensas a alucinações de natureza acusatória, bem como à paranoia; algumas ficam psicóticas ou cometem crimes bizarros.
Alguns indivíduos cuja base é a vergonha compensam-na com o perfecionismo e a rigidez, e por vezes mostram-se compulsivos e intolerantes. Exemplos notáveis disto são os extremistas morais que formam grupos de vigilantes e projetam a própria vergonha inconsciente noutros, sentindo-se justificados ao atacá-los ou matá-los. Com
frequência, os assassinos em série agem por um moralismo sexual, com a justificação de punir as alegadas mulheres «más».
Dado que arrasta todo o nível da personalidade, a vergonha resulta numa vulnerabilidade às outras emoções negativas e, como tal, produz muitas vezes um falso orgulho, ira e culpa.
2 - Nível de energia 30: Culpa
A culpa, tão usada na sociedade para manipular e castigar, manifesta-se numa variedade de expressões, como remorso, autorrecriminação, masoquismo e todos os sintomas de vitimização. A culpa inconsciente resulta em doenças psicossomáticas, na propensão para acidentes e em comportamentos suicidas. Muitas pessoas lutam com a culpa toda a vida, enquanto outras tentam desesperadamente escapar-lhe através da negação amoral.
Quando ela domina, preocupamo-nos com o «pecado», uma atitude emocional intolerante frequentemente explorada pelos demagogos religiosos, para impor a coerção e o controlo. Estes mercadores do «pecado e salvação», obcecados com o castigo, expressam talvez a própria culpa ou projetam-na nos demais.
As subculturas que exibem a aberração da autoflagelação manifestam outras formas endémicas de crueldade, como a morte pública e o ritual de seres humanos ou animais. A culpa provoca a raiva, e matar é frequentemente a sua expressão. A pena capital prova como a morte gratifica uma população culpada. A intolerante sociedade norte-americana, por exemplo, «imola» as vítimas na imprensa e atribui castigos que nunca revelaram ter algum efeito dissuasivo ou corretivo.
3 - Nível de energia 50: Apatia
Este nível é caracterizado por pobreza, desespero e falta de esperança. O mundo e o futuro parecem sombrios; a vida é patética. A apatia é um estado de desamparo; as vítimas, carenciadas em todos os sentidos, não têm mecanismos e também lhes falta a energia para aproveitarem os recursos disponíveis. A menos que os cuidadores lhes providenciem alguma energia externa, a morte por suicídio passivo pode ser o resultado. Sem vontade de viver, o desesperado tem um olhar vazio, não reage aos estímulos, até que os seus olhos deixam de lutar e nem sequer lhe resta a energia suficiente para engolir os alimentos que lhe são oferecidos.
Este é o nível dos sem-abrigo e dos esquecidos da sociedade; é também o destino de muitos idosos e de outros que ficam isolados por doenças crónicas ou progressivas. O apático é dependente; na apatia, as pessoas são «pesadas», um fardo para quem as rodeia.
Muitas vezes, a sociedade não tem motivação suficiente para ser uma verdadeira ajuda para as culturas, bem como para os indivíduos neste nível, vistos como meros consumidores de recursos. Este é o nível das ruas de Calcutá, onde apenas os santos como a madre Teresa e seguidores se atrevem a entrar. A apatia é o nível do abandono da esperança, e poucos têm a coragem de a encarar.
4 - Nível de Energia 75: Sofrimento
É o nível da tristeza, da perda e do desânimo. A maioria já o experienciou nalgum período da sua existência, mas os que permanecem neste nível vivem uma vida de constante pesar e depressão. Representa luto, perda e remorso crónico quanto ao passado; e também os perdedores habituais e os jogadores crónicos que aceitam o fracasso como parte do seu estilo de vida, resultando muitas vezes na perda de emprego, amigos, familiares e oportunidades, bem como de dinheiro e saúde.
Perdas importantes no início da vida tornam-nos mais tarde vulneráveis à aceitação passiva do sofrimento, como se a tristeza fosse o preço. Vemos tristeza em toda a parte: nas crianças pequenas, nas condições do mundo, na vida. Este nível define a cor da visão da existência. Parte da síndrome da perda reside na noção de que o que se perdeu é insubstituível. Dá-se uma generalização do particular, de modo que a perda de um ente querido é equiparada à perda do próprio amor. As perdas emocionais podem desencadear uma depressão grave ou até a morte.
Embora o sofrimento seja o cemitério da vida, sempre tem mais energia do que a apatia. Assim, quando um doente traumatizado e apático começa a chorar, sabemos que está a melhorar. Quando ele chora, recomeça a comer.
5 - Nível de energia 100: Medo
No nível 100 está disponível muito mais energia vital: o receio do perigo é saudável. O medo, que dirige grande parte do mundo, estimula uma atividade sem fim. O medo dos inimigos, da velhice ou da morte, da rejeição, e uma multidão de medos sociais são os motivadores básicos na vida da maioria das pessoas.
Do ponto de vista deste nível, o mundo parece perigoso, cheio de armadilhas e ameaças. O medo é a ferramenta de controlo privilegiada dos agentes opressores e totalitários, e a insegurança torna-se a mercadoria ao dispor dos principais manipuladores do mercado. Os media e a publicidade recorrem ao medo para aumentar as suas quotas.
A proliferação dos receios é tão ilimitada quanto a imaginação; quando o medo se torna o nosso enfoque, os intermináveis acontecimentos preocupantes do mundo alimentam-no. O medo transforma-se em obsessivo e pode assumir qualquer forma. O da perda de um relacionamento leva ao ciúme e a stresse cronicamente elevado. O pensamento receoso pode crescer até à paranoia ou gerar estruturas defensivas neuróticas e, como é contagioso, passar a uma tendência social dominante.
O medo limita o crescimento da personalidade e conduz à inibição. Porque é preciso energia para nos sobrepormos ao medo, os oprimidos não alcançam um nível superior sem ajuda. Assim, os receosos procuram líderes fortes que pareçam ter conquistado o medo para que os libertem da escravidão.
6 - Nível de energia 125: Desejo
Existe ainda mais energia disponível neste nível; o desejo motiva grandes áreas da atividade, incluindo a economia. Os anunciantes jogam com o nosso desejo para nos programar com necessidades vinculadas a impulsos instintivos, levando-nos a grandes esforços para atingir metas ou recompensas. O desejo de dinheiro, prestígio ou poder governa a vida de muitos dos que se impuseram ao medo como motivo existencial predominante.
É também o nível da dependência, em que se torna uma ânsia mais importante do que a vida. Na realidade, as vítimas podem desconhecer a base por trás dos seus motivos. Algumas pessoas viciam-se no desejo de atenção e afastam os outros com constantes exigências. O desejo de aprovação sexual deu origem à indústria de cosméticos, moda e cinema.
O desejo está relacionado com a acumulação e a ganância. Mas torna-se insaciável porque é um campo energético contínuo, de modo que a sua satisfação é simplesmente substituída pelo desejo insatisfeito de outra coisa. Os multimilionários vivem obcecados com a aquisição de mais e mais dinheiro.
Todavia, é um estado mais elevado do que a apatia ou o sofrimento. Para «obter», primeiro precisamos da energia para «querer». A televisão exerce grande influência sobre muitas pessoas oprimidas, porque lhes inculca desejos e energiza vontades ao ponto de as fazer deixar a apatia e começar a procurar uma vida melhor. O querer pode
levar ao caminho da realização. Como tal, o desejo pode tornar-se o trampolim para níveis de consciência superiores.
7 - Nível de energia 150: Ira
Embora possa levar ao homicídio e à guerra, enquanto nível energético está bem mais distante da morte do que os graus inferiores. A ira pode conduzir a uma ação construtiva ou destrutiva. Conforme se afastam da apatia e do sofrimento para superar o medo como modo de vida, as pessoas começam a querer; o desejo induz à frustração, o que desencadeia a ira. Assim, esta pode ser um fulcro graças ao qual os oprimidos são catapultados para a liberdade. A ira, perante a injustiça social, a vitimização e a desigualdade, criou grandes movimentos que geraram grandes mudanças na estrutura da sociedade.
Mas expressa-se frequentemente como ressentimento e vingança e, como tal, é volátil e perigosa. Como estilo de vida, é própria de pessoas irritáveis e explosivas, hipersensíveis ao que julgam ser desconsiderações. Tornam-se «colecionadoras de injustiças», conflituosas, beligerantes ou litigiosas.
Visto que a ira deriva do desejo frustrado, tem como base o campo energético inferior. A frustração resulta de exagerarmos a importância dos desejos. A pessoa irada pode, como uma criança frustrada, ter um ataque de fúria. A ira gera facilmente o ódio, que tem um efeito erosivo em todas as áreas da vida.
8 - Nível de energia 175: Orgulho
O orgulho, que se calibra em 175, tem energia suficiente para dirigir os Fuzileiros Navais dos EUA. É o nível ao qual aspira a maioria dos nossos semelhantes. As pessoas sentem-se positivas quando alcançam este patamar, em contraste com os campos de energia mais baixos. Tal acréscimo de autoestima é um bálsamo para toda a dor experimentada nos níveis inferiores de consciência. O orgulho parece bem, e ele sabe-o, pavoneando-se no desfile que é a vida. Encontra-se distante o suficiente da vergonha, da culpa ou do medo para desafiar alguém, por exemplo, a elevar-se do desespero do gueto até ao orgulho de ser um marine. Costuma ter boa reputação e é socialmente encorajado; ainda assim, como vemos no mapa dos níveis de consciência, é negativo o bastante para permanecer abaixo do nível crítico de 200. É por isso que se sente bem apenas quando em contraste com os graus mais baixos.
O problema, como sabemos, é que «o orgulho precede a queda». É defensivo e vulnerável, porque depende de condições externas, sem as quais fica suscetível a reverter para um nível inferior. O ego inflado é vulnerável aos ataques. O orgulho é fraco porque pode ser derrubado do pedestal e regressar à vergonha, que alimenta o medo da perda do orgulho.
O orgulho divide e dá origem às fações; as consequências podem ser onerosas. O ser humano morre muitas vezes por orgulho; os exércitos continuam a dizimar-se pelo aspeto do orgulho chamado nacionalismo. As guerras religiosas, o terrorismo político e o zelotismo, a terrível história do Médio Oriente e da Europa Central, são o preço do orgulho, pago por toda a sociedade.
Portanto, o lado negativo do orgulho é a arrogância e a negação, que bloqueiam o crescimento; recuperar de uma dependência é impossível porque os problemas emocionais ou falhas de caráter são negados. O problema por trás da negação é o orgulho. Assim, constitui um obstáculo importante à aquisição do poder real, que o desaloja com a sua verdadeira estatura e o prestígio.
9 - Nível de Energia 200: Coragem
Aqui, o poder surge pela primeira vez. Quando testamos indivíduos em todos os níveis energéticos abaixo, verificamos que ficam fracos. Mas tornam-se fortes em resposta aos campos promotores da vida acima de 200, o qual distingue as influências positivas e negativas da vida. Na coragem, ocorre a realização do verdadeiro poder; como tal, é também a faixa da capacitação. Esta é a zona da exploração, realização, fortaleza e determinação. Nos níveis inferiores, o mundo parece destituído de esperança, triste, assustador ou frustrante; mas, no da coragem, a vida é emocionante, desafiadora e estimulante.
A coragem implica a vontade de experimentar coisas novas e enfrentar as vicissitudes da vida. Neste nível de capacitação, somos capazes de lidar com as oportunidades. Por exemplo, no 200 encontra-se a energia para aprender uma nova profissão. O crescimento e a educação tornam-se metas alcançáveis. Existe a capacidade de enfrentar medos ou defeitos de caráter e de crescer apesar deles; a ansiedade não frustra os esforços como na evolução. Os obstáculos que derrotam pessoas com um nível de consciência inferior agem como estimulantes para quem atingira o primeiro nível do verdadeiro poder.
Aqui, as pessoas devolvem ao mundo toda a energia que dele retiram; nos níveis mais baixos, as populações, bem como os indivíduos, drenam a energia da sociedade, sem reciprocidade. Como as realizações produzem um feedback positivo, a autoestima e as recompensas reforçam a identidade. E começa a produtividade. O nível de consciência coletiva da humanidade manteve-se em 190 durante muitos séculos e, curiosamente, apenas saltou para o nível atual de 207 na década de 1990.
10 - Nível de energia 250: Neutralidade
A energia torna-se muito positiva quando chegamos ao nível neutro, porque representa a libertação das oposições que tipificam os inferiores. Abaixo de 250, a consciência tende a ver dicotomias e assumir posições rígidas, um impedimento num mundo complexo e multifatorial, e não a preto e branco. Assumir tais posições cria polarização, e esta, por sua vez, gera oposição e divisão. Como nas artes marciais, uma posição rígida torna-se um ponto vulnerável: o que não verga é mais propenso a quebrar-se.
Erguendo-se acima das barreiras ou oposições que dissipam a energia, a condição neutra permite a flexibilidade e a avaliação imparcial e realista dos problemas. Significa ser relativamente desapegado dos resultados; não conseguirmos o que queremos já não é visto como derrota, motivo de medo ou de frustração.
Neste nível, uma pessoa pode dizer: «Bem, se não conseguir este trabalho, arranjo outro.» Inicia-se a confiança interior; ao sentirmos poder, não nos deixamos intimidar tão facilmente. Não precisamos de provar nada. A expetativa de que a vida, com altos e baixos, há de correr bem se soubermos tirar partido das adversidades é uma atitude típica do 250.
As pessoas têm uma sensação de bem-estar; a marca deste nível é a capacidade de viver no mundo com confiança. Representa segurança. As pessoas são de trato e convivência fáceis porque não estão interessadas no conflito, na competição, nem na culpa. Sentem-se confortáveis e, basicamente, não se deixam perturbar emocionalmente. Esta atitude não produz juízos de valor e não leva a qualquer necessidade de controlar o comportamento dos outros. Por sua vez, como as pessoas neutras dão valor à liberdade, são difíceis de controlar.
11 - Nível de energia 310: Disponibilidade
Esse nível energético muito positivo pode ser visto como a porta de entrada para os mais elevados. Enquanto, por exemplo, os trabalhos são feitos de forma adequada no da neutralidade, no da disponibilidade, o trabalho é bem executado, sendo comum o sucesso em todos os esforços. O crescimento é rápido; trata-se de pessoas escolhidas para o progresso. A disponibilidade implica que superámos a resistência interior à vida e estamos empenhados em participar. Abaixo do 200, tende a existir uma mentalidade fechada, mas, no 310, ocorre uma grande abertura. As pessoas tornam-se genuinamente amistosas, e o sucesso social e económico parece ser uma consequência automática. Quem se encontra disponível não está preocupado com o desemprego, pois, perante a necessidade, faz qualquer coisa, ou cria uma carreira ou trabalha por conta própria. Não se sente inferior por isso, nem por ter de começar por baixo. É prestável e contribui para o bem da sociedade. Está igualmente disposto a enfrentar os problemas interiores e não levanta grandes obstáculos em situações de aprendizagem.
A autoestima é elevada e reforçada pelo feedback positivo da sociedade, que assume a forma de reconhecimento, apreço e recompensas. A disponibilidade é compassiva e recetiva às necessidades dos outros. As pessoas disponíveis constroem e contribuem para a sociedade. Com a capacidade de recuperar da adversidade e aprender com a experiência, tendem a autocorrigir-se. Despindo-se do orgulho, estão dispostas a ver os próprios defeitos e a aprender com os outros. No nível da disponibilidade, tornam-se excelentes estudantes. É fácil ensiná-las e representam uma considerável fonte de poder para a sociedade.
12 - Nível de energia 350: Aceitação
Neste nível de consciência dá-se uma importante transformação, quando compreendemos que somos a fonte e também os criadores das experiências da nossa vida. Assumir esta responsabilidade distingue este grau de evolução, caracterizado pela capacidade de viver em harmonia com as forças da vida.
As pessoas situadas em níveis inferiores a 200 tendem a ser impotentes e a ver-se como vítimas, à mercê da vida. Isto decorre da crença de que a fonte da felicidade ou a causa dos seus problemas são «externas». No nível da aceitação dá-se um salto enorme, recuperamos o poder ao perceber que a fonte da felicidade está em nós. Neste estágio mais evoluído, nada que seja «externo» tem a capacidade de nos fazer feliz, e o amor não é algo que alguém nos dá ou tira, sendo antes criado no nosso interior.
A aceitação não deve ser confundida com passividade, sintoma de apatia. Esta forma de aceitação permite uma dedicação à vida nos seus próprios termos, sem tentar que esta siga determinada agenda. Existe uma calma emocional e a perceção é amplificada quando se transcende a negação. As coisas são vistas sem distorções nem interpretações erróneas; o contexto da experiência expande-se e somos capazes de «ver a imagem total». A aceitação tem de ver essencialmente com equilíbrio, proporção e adequação.
Neste nível, o indivíduo não se mostra interessado em determinar o que está certo ou errado, antes resolvendo os problemas. O trabalho duro não causa desconforto nem desalento. Os objetivos a longo prazo precedem os de curto prazo; a autodisciplina e o domínio são proeminentes.
Não somos polarizados por conflitos ou oposições; vemos que os outros têm os mesmos direitos, e honramos a igualdade. Enquanto os níveis inferiores são rígidos, neste, a pluralidade social começa a emergir como forma de resolução de problemas. É isento de discriminação ou intolerância; existe a consciência de que a igualdade não exclui a diversidade. A aceitação inclui, em lugar de rejeitar.
13 - Nível de energia 400: Razão
A inteligência e a racionalidade assumem o primeiro plano quando se transcende a emocionalidade das etapas inferiores. A razão lida com grandes e complexas quantidades de dados; toma decisões rápidas e corretas; compreende os meandros dos relacionamentos, os matizes e subtis distinções. A manipulação destra de símbolos enquanto conceitos abstratos torna-se mais importante. Este é o nível da ciência, da medicina e, geralmente, de maior capacidade de concetualização e compreensão. O conhecimento e a educação são encarados como capital. A compreensão e a informação são as principais ferramentas da realização pessoal, que é a marca do nível 400, o dos nobelizados, dos grandes estadistas e juízes do Supremo Tribunal. Einstein, Freud e muitos outros grandes pensadores da história calibram-se neste nível, assim como os autores dos Grandes Livros do Mundo Ocidental.
As deficiências deste nível são a incapacidade de distinguir com clareza entre os símbolos e o que representam, e a confusão entre os mundos objetivo e subjetivo que limita a compreensão da causalidade. É fácil as árvores não nos deixarem ver a floresta, ficarmos fascinados com conceitos e teorias, dedicando-nos à intelectualidade e perdendo o essencial. A intelectualização pode tornar-se um fim em si. A razão é limitada porque não oferece a capacidade de discernir a essência ou o ponto fundamental de uma questão complexa. E, em geral, ignora o contexto.
Em si, a razão não nos faculta um guia para a verdade. Produz quantidades enormes de informação e documentação, mas não resolve discrepâncias em dados e conclusões. Todos os argumentos filosóficos parecem convincentes. Embora a razão seja eficaz num mundo técnico onde dominam as metodologias da lógica, paradoxalmente, a razão é o principal obstáculo para alcançar os níveis de consciência mais elevados. Transcender este nível é incomum – apenas 4% da população mundial o conseguem.
14 - Nível de energia 500: Amor
O amor, como descrito nos meios de comunicação maciça, não é o que este nível implica. Pelo contrário, o que o mundo costuma referir como amor é uma emoção intensa que combina atração física, possessividade, controlo, dependência, erotismo e novidade. Geralmente, é evanescente e flutuante, aumentando e diminuindo consoante as condições. Quando frustrada, esta emoção revela muitas vezes ira e dependência subjacentes que havia mascarado. É habitual dizer-se que o amor pode transformar-se em ódio, mas aqui falamos de sentimentalismo e de apego viciantes, e não de amor. Provavelmente, nunca existiu um amor real num relacionamento assim: o ódio deriva do orgulho, não do amor.
O nível 500 caracteriza-se pelo desenvolvimento de um amor incondicional, imutável e permanente. Não flutua porque a sua fonte no interior da pessoa que ama não depende de fatores externos. Amar é um estado do ser. Uma maneira indulgente, estimulante e solidária de nos relacionarmos com o mundo. O amor não é intelectual e não procede da mente, emana do coração. Tem a capacidade de elevar os outros e de grandes feitos graças à pureza dos seus motivos.
Neste estádio de desenvolvimento, predomina a capacidade de discernir a essência; o cerne de uma questão torna-se o nosso enfoque. Ao ignorar a razão, surge a capacidade de reconhecer de imediato a totalidade de um problema e dá-se uma grande expansão do contexto, em especial no que diz respeito ao tempo e ao processo. A razão trata apenas de particularidades, e o amor de totalidades. Esta é a capacidade, muitas vezes atribuída à intuição, de compreender instantaneamente, sem recorrer ao processamento sequencial de símbolos. Este fenómeno aparentemente abstrato é bastante concreto, fazendo-se acompanhar de uma libertação mensurável de endorfinas no cérebro.
O amor não toma partido; portanto, é global, elevando-se à separação de eventuais posicionamentos. É então possível sermos «um com o outro», porque já não existem barreiras. Assim, é inclusivo e expande progressivamente a sensação de identidade, centra-se na bondade da vida em todas as suas expressões e aumenta o que é positivo, dissolve a negatividade ao recontextualizá-la, ao invés de a atacar.
Este é o nível da verdadeira felicidade, mas, embora o mundo esteja fascinado com o tema do amor e todas as religiões viáveis se calibrem em 500 ou mais, é interessante referir que apenas 4% da população mundial atingem este grau de evolução da consciência. Apenas 0,4 por cento alcançam o nível do amor incondicional em 540.
15 - Nível de energia 540: Alegria
À medida que se torna mais incondicional, o amor começa a ser experienciado como uma alegria interior. Não se trata da alegria súbita de uma alteração agradável nos acontecimentos, mas de uma companhia constante de todas as atividades. A alegria surge de cada momento de existência, e não de qualquer fonte externa. Este é também o nível da cura e dos grupos de autoajuda de base espiritual.
Do 540 em diante, entramos no domínio dos santos, dos estudantes espirituais avançados e dos guias espirituais. A característica desse campo energético é a capacidade de uma enorme paciência e a persistência de uma atitude positiva face a uma adversidade prolongada.
A marca deste estado é a compaixão. As pessoas que o alcançaram exercem um efeito notável sobre os outros. São capazes de manter um olhar prolongado e aberto, que induz amor e paz.
Acima do 500, o mundo que se vê é iluminado pela requintada beleza e perfeição da criação. Tudo acontece sem esforço, por sincronia, e o mundo e tudo nele é visto como expressão de amor e divindade.
O indivíduo funde-se na vontade divina. Sente-se uma presença cujo poder facilita fenómenos além das expetativas convencionais da realidade, considerados milagrosos pelo observador comum. Esses fenómenos representam o poder do campo energético, não o do indivíduo.
Aqui, a noção de responsabilidade pelos outros assume uma qualidade diferente da presente nos graus inferiores. Existe um desejo de usar o nosso estado de consciência para benefício da vida em si, e não do indivíduo em particular. Esta capacidade de amar muitas pessoas ao mesmo tempo é acompanhada da descoberta de que quanto mais.
se ama, mais se pode amar.
As experiências de quase-morte, caracteristicamente transformadoras nos seus efeitos, muitas vezes permitem experienciar um nível energético entre 540 e 600.
16 - Nível de energia 600: Paz
Este campo energético encontra-se associado à experiência designada por expressões como «transcendência», «autorrealização» e «consciência de Deus». É raro. Quando este estado é alcançado, a distinção entre sujeito e objeto desaparece, e não existe um ponto focal específico de perceção. Não é invulgar os indivíduos retirarem-se do mundo, pois a bem-aventurança que advém impede uma atividade comum. Alguns tornam-se mestres espirituais; outros trabalham anonimamente para o progresso da humanidade. Alguns tornam-se grandes génios nos respetivos campos e grandes contribuidores para a sociedade. São santos e podem ser assim designados, embora neste nível a religião formal seja geralmente transcendida, para ser substituída pela espiritualidade pura na qual todas as religiões têm origem.
No nível 600 e superiores, a perceção é por vezes descrita como se ocorresse em câmara lenta, suspensa no tempo e no espaço – embora nada seja estacionário; tudo está vivo e radiante. Ainda que os outros vejam o mesmo, o mundo assume uma fluidez contínua, evoluindo numa dança requintadamente coordenada, cujos significado e fonte são esmagadores. Esta incrível revelação ocorre de forma não racional, pelo que se dá um silêncio infinito na mente, que deixou de concetualizar. Aquele que testemunha e o que é testemunhado assumem a mesma identidade; o observador dissolve-se na paisagem e torna-se também ele observado. Tudo está ligado a tudo o mais por uma presença cujo poder é infinito, requintadamente delicado, mas sólido como uma rocha.
As grandes obras de arte, música e arquitetura que se calibram entre 600 e 700 podem transportar-nos temporariamente para níveis superiores de consciência e são universalmente reconhecidas como inspiradoras e intemporais.
17 - Níveis de energia 700-1.000: Iluminação
Este é o nível dos grandes da história que originaram os padrões espirituais que as multidões têm seguido. Estão associados à divindade, com a qual são muitas vezes identificados. Representa o grau da inspiração poderosa; estes seres estabelecem campos energéticos atratores que influenciam a humanidade ao longo dos tempos. Aqui, já não existe a experiência de um eu pessoal e individual, separado dos outros; antes, constata-se uma identificação do eu com a consciência e a divindade. O não manifesto é experienciado como o eu para lá da mente. Esta transcendência do ego também serve de exemplo para ensinar aos outros como pode ser alcançada. É o cume da evolução da consciência no domínio humano.
Os grandes ensinamentos elevam as massas e aumentam o nível de consciência da humanidade. A esta visão dá-se o nome de graça, e a sua dádiva é a paz infinita, descrita como inefável, inexpressável.
Neste nível de realização, o sentido da existência transcende o tempo e a individualidade. Já não existe uma identificação com o corpo físico como «eu» e, portanto, o seu destino não interessa. O corpo é visto como mera ferramenta da consciência por meio da intervenção da mente, sendo a comunicação o seu valor essencial. O eu volta a fundir-se no Eu. É o nível da não dualidade, ou da unicidade completa. A consciência não é localizada; está igualmente presente em todos os lugares.
As grandes obras de arte que retratam indivíduos que atingiram o nível da iluminação mostram caracteristicamente o mestre com uma posição específica da mão, chamada mudra, em que a palma irradia a bênção: é o ato de transmitir este campo energético à consciência da humanidade. Este nível de graça divina calibra-se até 1000, o mais alto alcançado ao longo da história conhecida - a saber: os grandes avatares para os quais é apropriado o título de «Senhor»: Senhor Krishna, Senhor Buda e Senhor Jesus Cristo.
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Amit Goswami é um estudioso da consciência e criador do Ativismo Quântico, uma rede universal de pessoas interessadas no processo de expansão de consciência, que integra ciência e espiritualidade, através dos princípios da física quântica.
O que é o Ativismo Quântico? A frase chave que define o Ativismo Quântico é: "Transforma-te a ti mesmo para Transformares o Mundo". Mas, para responder a esta pergunta, ninguém melhor do que o próprio Amit Goswami. Assiste ao seguinte vídeo, onde ele explica em menos de quatro minutos o que é o ativismo quântico.
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